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Europa

Naufrágio: mergulhadores avaliam casco para extrair combustível

24 jan 2012 - 07h35
(atualizado às 07h55)
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Os mergulhadores da companhia holandesa Smit Salvage farão nesta terça-feira a primeira inspeção do cruzeiro Costa Concordia, encalhado em frente à ilha italiana de Giglio, para iniciar o plano de extração das 2,2 mil toneladas de combustível contida nos reservatórios.

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Enquanto os técnicos da companhia holandesa inspecionam o casco, as equipes de resgate italianas continuarão as ações de busca pelos ainda desaparecidos após o naufrágio do cruzeiro no dia 13 de janeiro.

Os trabalhos de busca serão concentrados na altura da ponte 3, depois da localização ontem nessa região de dois corpos, elevando para 15 o número de mortos.

A operação dos mergulhadores da Smit Salvage inclui uma descida a 20 m para estudar as condições do casco antes de começar o isolamento do primeiro dos 17 tanques que serão esvaziados.

O chefe da Defesa Civil italiana, Franco Gabrielle, afirmou na segunda-feira em entrevista coletiva que o cruzeiro está estável, sustentado em três pontos por formações rochosas, por isso agora são consideradas seguras as tarefas de remoção do combustível.

A extração será feita mediante uma perfuração no casco e a partir desse local será bombeado o combustível. De uma segunda abertura, o tanque será preenchido com água do mar para evitar que o esvaziamento provoque movimentação do navio.

Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até segunda, dia 23, 15 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

Veja no mapa o local onde aconteceu o acidente:

O navio Costa Concordia é iluminado após o anoitecer, no litoral da ilha de Giglio, no sul da Itália
O navio Costa Concordia é iluminado após o anoitecer, no litoral da ilha de Giglio, no sul da Itália
Foto: AFP
EFE   
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