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Mundo

Jovem moldávia nega ser amante de capitão do Costa Concordia

20 jan 2012 - 10h41
(atualizado às 11h18)
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A jovem moldávia Dominica Cemortan, que foi vista em companhia do capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino, pouco antes da embarcação naufragar próximo à ilha de Giglio, afirma que não é sua amante.

O nome da moldávia Dominika Cermortan não consta nas listas de passageiros, nem de tripulantes do navio
O nome da moldávia Dominika Cermortan não consta nas listas de passageiros, nem de tripulantes do navio
Foto: Corriere TV / Reprodução

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A jovem moldávia deu esta declaração ao jornal italiano Corriere della Sera após ser contatada por telefone: "Não sou amante do comandante Schettino. Sabe por quê? Ele sempre mostra a foto de sua filha quando era pequena. Um homem que quer uma amante não se comporta assim".

Além disso, Dominica, 25 anos, nega que no momento da colisão o capitão estivesse com ela. "No momento do choque havia alguns oficiais em nossa mesa no restaurante da ponte 3. Esse é o lugar no qual eles comem. Mas é mentira que o comandante estivesse conosco. Ele tinha passado antes e ficado um momento, mas não me lembro a hora exata", explicou a jovem.

Além disso, Dominica, cujo segundo idioma é o russo, afirma que depois que acabou a luz após o impacto, um oficial pediu que o acompanhasse à ponte de comando para traduzir as instruções aos passageiros, já que a bordo da embarcação viajavam muitos turistas russos.

A jovem explicou dessa maneira o fato de estar na sala ao lado à ponte de comando, onde várias testemunhas alegavam tê-la visto após o acidente.

"Claro que me encontrava perto de Schettino. Eu traduzia o que ele me dizia", afirma a jovem, que considera que o capitão do Costa Concordia "é um herói".

A este respeito acrescenta: "Comigo ele se comportou como um herói. Eu acho que fez todo o possível. Tenho certeza que à meia-noite ainda estava na ponte de comando, porque foi a essa hora que nos disse para abandonarmos o navio".

Questionada sobre por que viajava no Costa Concordia, Dominica explica que acabava de terminar aulas práticas de aeromoça internacional e queria desfrutar de um cruzeiro como turista ao lado de seus amigos que trabalhavam a bordo.

"Comprei o bilhete na Itália com meu dinheiro. Agora me deixem tranquila, preciso de tranquilidade, talvez fale mais depois", concluiu a jovem.

Coincidindo com as declarações de Dominica, foi divulgado um novo vídeo gravado por um dos passageiros após o acidente, no qual membros da tripulação tranquilizam os passageiros e pedem que voltem a seus camarotes, apesar de que já entrava água na embarcação.

Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na última sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até a tarde de terça-feira, dia 17, 11 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão, imediatamente começando a adernar. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

Veja no mapa o local onde aconteceu o acidente:

EFE   
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