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Europa

Avó diz ter visto menina desaparecida entre sobreviventes

19 jan 2012 - 11h37
(atualizado às 12h22)
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A avó de uma menina italiana que desaparceu junto com o pai no naufrágio do navio Costa Concordia na última sexta-feira afirma ter visto a criança em imagens transmitidas pela televisão de grupos de sobreviventes. Daiana, 5 anos, e seu pai, William Arlotti, seguem desaparecidos e nenhum hospital da região ou testemunhas têm informações sobre eles.

Mergulhador investiga interior do navio Costa Concordia, naufragado na ilha de Giglio, na Toscana italiana. Mergulhadores acessam o interior do cruzeiro para buscar os desaparecidos e avaliar os danos. Adernado em um angulo de quase 90°, a embarcação de luxo se encontra em uma profundidade de 37 m. No entanto, as autoridades temem que um possível mal tempo tombe o navio para uma fossa de 70 m, onde ficaria totalmente submerso
Mergulhador investiga interior do navio Costa Concordia, naufragado na ilha de Giglio, na Toscana italiana. Mergulhadores acessam o interior do cruzeiro para buscar os desaparecidos e avaliar os danos. Adernado em um angulo de quase 90°, a embarcação de luxo se encontra em uma profundidade de 37 m. No entanto, as autoridades temem que um possível mal tempo tombe o navio para uma fossa de 70 m, onde ficaria totalmente submerso
Foto: AP

Conheça o cruzeiro de luxo que naufragou na Itália

Mapa mostra os piores naufrágios em cem anos

Arlotti viajava no cruzeiro com a filha e sua namorada, Michela Maroncelli, que conseguiu se salvar graças a um colete e um bote salva-vidas.

Os três estavam juntos na área do navio onde as pessoas estavam a salvo, mas depois foram direcionados rumo à parte sobre a qual o cruzeiro estava tombando, afirmou a sobrevivente.

Quando se deram conta da inclinação da embarcação tentaram retornar e na passagem de uma ponte, a menina deslizou e caiu no mar, seguida pelo pai que teria pulado para tentar para salvá-la.

"Alguém disse (à Michela) que tinha visto os dois agarrados a uma corda e que tinham subido ao navio, mas não há rastro deles", conta a prima de Arlotti, Sabrina Ottaviani, dona de uma agência de viagens e que lhes vendeu as passagens.

Quando Michela, que se encontrava alguns passos à frente, alcançou a segunda ponte e conseguiu um lugar em um dos botes salva-vidas, tinha perdido completamente de vista o namorado e sua filha, segundo seu depoimento.

"Se alguém os viu segurando a corda, que venha a público dizer", pede a prima do pai, que conta que os dois estavam com um único colete salva-vidas.

A família de Arlotti está especialmente preocupada porque é diabético e precisa tomar remédios várias vezes ao dia e todos estão procurando desesperadamente por ele e por Daiana.

Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na última sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até a tarde de terça-feira, dia 17, 11 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão, imediatamente começando a adernar. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

Veja no mapa o local onde aconteceu o acidente:

EFE   
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