Ahmadinejad: única opção que resta ao capitalismo "é matar"
11 jan2012 - 21h03
(atualizado às 21h30)
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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta quarta-feira em Havana que o capitalismo "está em decadência" e em "um beco sem saída" e que a única opção que resta ao sistema "é matar". "Quando já lhe falta lógica recorrem às armas para matar e destruir. Hoje em dia a única opção que restou ao sistema capitalista é matar", disse Ahmadinejad em uma conferência na Universidade de Havana, onde recebeu o título "doutor honoris causa" em Ciências Políticas.
Em seu discurso, o presidente iraniano não fez nenhuma menção ao atentado de Teerã no qual morreu nesta quarta-feira o cientista Mustafá Ahmadi Roshan nem às acusações da comunidade internacional sobre o programa nuclear de seu país. Preferiu reivindicar uma nova ordem mundial baseada na justiça e que respeite todos os seres humanos e encorajou Cuba e seus universitários a trabalharem ao lado de seu país para criá-la.
"Temos que estar alertas. Se nós não planejamos a nova ordem do mundo serão os herdeiros dos donos de escravos e os capitalistas vão controlar e impor o novo sistema", acrescentou. Ahmadinejad realizou hoje uma visita oficial a Cuba, a terceira escala dentro da viagem latino-americana que já passou por Venezuela e Nicarágua e que continuará no Equador.
O iraniano se reunirá hoje mesmo com o presidente Raúl Castro, segundo a agenda oficial divulgada em Cuba e é provável que encontre também seu irmão Fidel, mas a informação não foi confirmada por nenhuma fonte oficial na ilha. O périplo latino-americano de Ahmadinejad acontece no momento em que parte da comunidade internacional intensifica sua pressão contra o programa nuclear iraniano pelo temor que pretenda desenvolver um arsenal atômico, algo que o Irã nega veementemente.
A chegada de Ahmadinejad à ilha coincidiu com a notícia do atentado contra o cientista iraniano Mustafá Ahmadi Roshan, um dos responsáveis pela usina nuclear de Natanz, a maior do país, que morreu hoje no norte de Teerã na explosão de uma bomba instalada em seu carro.
Ahmadinejad é recebido pelo vice-presidente venezuelano, Elias Jaua, em Caracas
Foto: Reuters
O presidente iraniano caminha ao lado do vice-presidente venezuelano no aeroporto de Caracas
Foto: AFP
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acena após desembarcar no aeroporto internacional de Maiquetia, em Caracas, na Venezuela. Ahmadinejad iniciou no domingo sua viagem de cinco dias pela América Latina, onde visitará Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador. O objetivo é fortalecer as relações do Irã com o continente e desenvolver a cooperação nos âmbitos políticos e econômicos com os quatro países de destino
Foto: AP
"O povo da América Latina teve um pensamento anticolonial e agora se levantou e resiste frente aos excessos do regime de opressão", afirmou o presidente iraniano
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Ahmadinejad sorri ao chegar a Caracas para se reunir com Hugo Chávez e autoridades do país
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O presidente do Irã revisa tropas venezuelanas em visita a países latino-americanos
Foto: AFP
Chávez e Ahmadinejad reafirmaram a parceria entre as duas nações como forma de se unir contra Washington
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O líder venezuelano se referiu ao colega como um "irmão"
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Chávez e Ahmadinejad disseram que a loucura imperialista se desatou como nunca antes em muito tempo
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Os dois líderes demonstraram intimidade no encontro
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, fez uma recepção calorosa ao colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, no Palácio Miraflores, em Caracas. Chávez afirmou que Venezuela e Irã continuarão trabalhando juntos para "frear a loucura imperialista". O chefe de Estado venezuelano se referiu a Ahmadinejad como seu "irmão". O líder iraniano iniciou um giro por quatro países latinos, hostis a Washington
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Ahmadinejad foi recebido no Aeropuerto Internacional Augusto Cesar Sandino
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O presidente iraniano acena ao deixar o aeroporto
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O presidente iraniano Mahmoud AhmadiNejad é recebido pelo chanceler da Nicarágua, Samuel Santos (dir.), em Managua. Ahmadinejad chegou à Nicarágua, pouco antes das 15h de Brasília, na segunda etapa de um giro pela América Latina, que coincide com um novo pico de tensão com o Ocidente. Antes de chegar ao país da América Central, o iraniano fez uma visita à Venezuela, onde reafirmou a parceria com Hugo Chávez contra o "imperialismo"
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Chávez e Ahmadinejad se abraçam durante a posse de Ortega
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Ortega, Chávez e Ahmadinejad participam da cerimônia de posse
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Ahmadinejad conversa com a sua mulher, Azam al-Sadat Farahi (dir.), durante a cerimônia em Manágua
Foto: AP
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad (dir.), aperta as mãos dos colegas da Venezuela, Hugo Chávez (centro), e da Nicarágua, Daniel Ortega, durante a posse de Ortega para o seu terceiro mandato, em Manágua, na Nicarágua
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Mahmoud Ahmadinejad faz o sinal da vitória em sua visita a Cuba, último estágio de sua visita à América Latina
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O presidente iraniano desembarca na sua chegada ao aeroporto internacional de Havana
Foto: AP
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad faz discurso forte contra o capitalismo na Universidade de Havana
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O reitor da Universidade de Havana, Gustavo Cobreiro (centro), e o vice-presidente cubano, Esteban Lazo (dir.), recebem Ahmadinejad em cerimônia
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O presidente Raúl Castro acompanha Ahmadinejad ao aeroporto para sua partida de Cuba
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O presidente iraniano é recebido pelo ministro das Relações Exteriores equatoriano, Ricardo Patiño
Foto: AFP
Os presidentes iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e equatoriano, Rafael Correa, saúdam a população na janela do Palácio Carondelet, em Quito
Foto: AFP
Presidente iraniano acena para a população equatoriana na chegada ao palácio presidencial
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Ahmadinejad cumprimenta Fidel durante visita na última quarta-feira
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Ahmadinejad visitou Cuba antes de seguir para o Equador, a última parada de seu tour latino-americano
Foto: AP
Imagem divulgada na quinta-feira exibe o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad (esq.), em encontro com o líder cubano Fidel Casto em Havana no dia 11 de janeiro
Foto: AP
Foto: Terra
Mahmoud Ahmadinejad acena para os jornalistas antes de dar um ponto final ao giro pela América Latina, em Quito