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Oriente Médio

Para fortalecer relação, Ahmadinejad inicia viagem à América Latina

8 jan 2012 - 08h17
(atualizado às 09h07)
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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, iniciou neste domingo sua viagem de cinco dias pela América Latina, onde visitará Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador, informa a agência de notícias oficial Irna.

Nesta viagem, que começará por Caracas, Ahmadinejad estará acompanhado pelos ministros Ali Akbar Salehi (Relações Exteriores), Mehdi Gazanfari (Comércio, Indústria e Minas), Majid Namjoo (Energia) e Seyed Shamsedin Hosseini (Economia).

O objetivo da viagem é fortalecer as relações internacionais do Irã com a América Latina e desenvolver a cooperação nos âmbitos políticos e econômicos com os quatro países de destino.

Antes de iniciar sua viagem, Ahmadinejad anunciou no aeroporto Mehrabad que as relações entre Irã e América Latina "são muito boas e estão em vias de desenvolvimento". "A cultura dos povos dessa região e suas reivindicações históricas são parecidas às do povo iraniano", declarou o líder à agência Irna.

"O povo da América Latina teve um pensamento anticolonial e agora se levantou e resiste frente aos excessos do regime de opressão", afirmou o presidente iraniano, numa clara referência aos Estados Unidos.

"O regime de dominação considerava a América Latina seu quintal e achava que podia fazer o que quisesse, mas hoje os povos se despertaram e atuam de forma independente", acrescentou.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmou à imprensa na sexta-feira passada a visita de Ahmadinejad, apesar das tensões internacionais no Estreito de Ormuz após as manobras militares do Irã e a presença de navios americanos na região.

Ahmadinejad pretendia visitar a Venezuela em setembro passado, mas adiou a viagem devido aos problemas de saúde de Chávez. A oposição venezuelana critica a visita e adverte que ela representa o envolvimento de Caracas nas tensões do Golfo Pérsico.

Os Estados Unidos consideram a viagem latino-americana de Ahmadinejad como a busca "desesperada" de apoio de um regime "isolado". Ao transmitir essa mensagem à região, Washington alertou ainda sobre os riscos financeiros de negociar com o Irã, alvo de sanções internacionais.

O governo Barack Obama se encarregou de informar à América Latina sobre a nova lei de despesas de Defesa que o presidente assinou em 31 de dezembro e que, pela primeira vez, contempla sanções contra qualquer instituição estrangeira que comercializar com o banco central do Irã.

O governo do Equador fez um apelo na sexta-feira passada ao diálogo para solucionar os atritos entre Washington e Teerã devido à passagem da frota americana pelo Estreito de Ormuz.

A imagem de arquivo exibe o presidente Ahmadinejad durante recepção popular na cidade de Shahrekord, no Irã
A imagem de arquivo exibe o presidente Ahmadinejad durante recepção popular na cidade de Shahrekord, no Irã
Foto: AFP
EFE   
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