PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Ásia

Chanceler britânico inicia visita histórica a Mianmar

5 jan 2012 - 05h52
(atualizado às 07h36)
Compartilhar

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, começou nesta quinta-feira uma visita histórica a Mianmar, a primeira de um chefe da diplomacia britânica em mais de 50 anos, para impulsionar as reformas democráticas na antiga colônia.

O chanceler britânico, William Hague, conversa com seu colega birmanês Wunna Maung Lwin, em emcontro em Naypyitaw
O chanceler britânico, William Hague, conversa com seu colega birmanês Wunna Maung Lwin, em emcontro em Naypyitaw
Foto: AP

Hague está na capital birmanesa, Naypyidaw, onde se reunirá nas próximas horas com o presidente de Mianmar, o ex-general Thein Sein, e alguns ministros de seu gabinete, segundo o diário Irrawaddy.

Durante a visita oficial de dois dias também está previsto um encontro com a líder opositora e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, na sexta-feira, em Yangun. Trata-se da primeira viagem de um chefe da diplomacia britânica a Mianmar desde 1955, sete anos antes do golpe militar do general Ne Win.

"Visitarei o país para estimular o Governo birmanês a seguir no caminho das reformas e saber o que o Reino Unido pode fazer para ajudar neste processo", indicou Hague em comunicado antes de viajar a Mianmar.

O chefe da diplomacia britânica pressionará Sein para libertar todos os presos políticos do país, uma medida que a comunidade internacional considera imprescindível para que o processo de reformas iniciado no país asiático tenha alguma credibilidade.

O número de presos políticos em Mianmar é controverso, já que as autoridades reconheciam apenas umas poucas centenas no início de 2011, enquanto a Liga Nacional pela Democracia (LND), partido da oposição dirigido por Suu Kyi, contava 600 em novembro.

Já a Associação de Assistência aos Presos Políticos de Mianmar oferece uma lista com 1.572 nomes, número ainda com os 30 libertados esta semana pela anistia decretada pelo 64º aniversário da independência do país.

Mianmar atravessa atualmente uma etapa de transformação rumo a uma sociedade mais aberta e plural, após quase meio século submetida a regimes militares ditatoriais. Em março de 2011, a Junta Militar se dissolveu e entregou o poder a um governo civil, embora quase todos seus membros sejam militares que deixaram seus cargos para assumir a nova função.

EFE   
Compartilhar
Publicidade