Pyongyang critica Japão por não oferecer condolências por Kim
3 jan2012 - 09h48
(atualizado às 10h29)
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A Coreia do Norte criticou nesta terça-feira o governo do Japão por não ter oferecido condolências ao país comunista após a morte de Kim Jong-il, em uma nota divulgada pela agência KCNA.
De acordo com o comunicado, enviado à agência japonesa Kyodo, a resposta "hostil" do Japão tornou a relação entre os dois países "mais sombria". Este foi o primeiro comentário do governo da Coreia do Norte sobre Tóquio desde o anúncio da morte de Kim Jong-il em 17 de dezembro, aos 69 anos de infarto do miocárdio.
A carta também critica o Executivo japonês por ter impedido que simpatizantes do regime totalitário residentes no Japão visitassem Pyongyang para dar os pêsames pela morte do ditador, que governou a Coreia do Norte com mão de ferro por 17 anos.
Após o anúncio da morte de Kim, o governo japonês informou aos representantes da Associação Geral de Residentes Coreanos no Japão, conhecida como Chongryon, que não iria permitir o retorno dos partidários comunistas a Pyongyang.
A Chongryon atua como uma embaixada norte-coreana no Japão e é formada por "zainichi" ou coreanos que vivem no Japão desde o início da colonização nipônica na península coreana (1910-1945).
A maioria dos integrantes nasceu no Japão, mas se nega a adotar a nacionalidade japonesa, por isso o Executivo deste país estabeleceu que em caso de pisarem na Coreia do Norte serão automaticamente considerados cidadãos coreanos e impedidos de voltar à ilha.
Um quadro de Kim Jong-il está pendurado em um lobby de um prédio em Wason, na Coreia do Norte. Ele e o ex-líder, Kim Il Jung, são responsáveis pela construção de certo misticismo religioso em torno do nome da família que comanda o país ao longo de dácadas
Foto: AP
Da loja de departamentos, é possível ver um monumento em homenagem a Kim Il Sung, o "presidente eterno". Na Coreia do Norte, existe uma espécia de misticismo religioso envolvendo a família de Kim Jong-il
Foto: AP
Um quadro de Kim Jong-il está pendurado em um prédio em Nampho, na Coreia do Norte
Foto: AP
Kim Il Sung, o comandante supremo, em foto de 1948. Ele é um dos responsáveis pela criação de um mito em torno da família de Kim Jong-il
Foto: AP
Livros expostos em Pyongyang, na Coreia do Norte, mostram a adoração pela família de Kim Jong-il
Foto: AP
Monumento a Kim Il Sung é iluminado em Pyongyang, na Coreia do Norte
Foto: AP
Um monumento com as imagens de Kim Il Jung e Kim Jong-il pode ser visto no estacionamento de um hotel em Pyongyang
Foto: AP
Na Coreia do Norte, existem calendários de Kim Il Jung nas casas das pessoas
Foto: AP
Na entrada de um hotel em Pyongyang, existe um quadro de Kim Il Sung com Kim Jong-il
Foto: AP
Em um restaurante em Pyongyang, é possível ver as fotos de Kim Il Jung e Kin Jong-il na parede
Foto: AP
Devotos mostram respeito à estátua do ex-líder da Coreia do Norte, Kim Il Sung