Recomeça julgamento de Mubarak pela morte de manifestantes
2 jan2012 - 07h38
(atualizado às 09h47)
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O julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak por seu suposto envolvimento na morte de manifestantes durante a revolução que acabou com sua derrocada em fevereiro de 2011 recomeçou nesta segunda-feira em um tribunal no Cairo.
A TV estatal egípcia exibiu imagens da chegada do helicóptero que transportou Mubarak do hospital militar onde está internado até a Academia da Polícia, onde foi montada uma sala especial para o julgamento.
Um dos advogados da acusação, Ramadan Fathala, afirmou à agência EFE que na audiência desta segunda-feira está previsto o comparecimento de sete generais do Ministério do Interior da Presidência de Mubarak, entre eles o atual chefe dos serviços secretos egípcios, Murad Muafi.
Fathala indicou que a corte decidiu reduzir o número de testemunhas, estimada em 1,6 mil, para que a sentença possa ser emitida em março.
Um relatório elaborado por vários juristas entregue à Procuradoria Geral do Egito elevou em abril para ao menos 846 o número de manifestantes mortos e para 6.467 os feridos na revolução egípcia, iniciada em 25 de janeiro e que terminou em 11 de fevereiro com a queda do regime de Mubarak.
Mubarak, que sofreu ataque cardíaco durante interrogatório judicial em 12 de abril, está hospitalizado em uma instituição militar na estrada que liga a capital a Ismaília, próximo ao Canal de Suez, e assistiu a todas as sessões do julgamento deitado em uma maca.
O julgamento contra o ex-presidente, seus dois filhos, Alaa e Gamal, o ex-ministro do Interior Habib al Adly e seis de seus assessores estava suspenso desde 30 de outubro por uma demanda dos advogados da acusação, que pretendiam recusar os juízes encarregados do caso.
No entanto, o pedido da acusação foi rejeitado em dezembro, e as sessões do processo contra Mubarak retomadas em 28 de dezembro.
Sob olhar de soldados do exército, egípcios faem fila para votar na cidade de Assuit, a 300 km do Cairo. O Egito iniciou nesta segunda-feira as primeiras eleições parlamentares após a queda do regime governado por Hosni Mubarak, que ficou 29 anos no poder e renunciou à presidência do país em fevereiro
Foto: AP
Egípcios fazem fila do lado de fora de seção eleitoral na cidade de Assuit
Foto: AP
Egípcia vota em cabine eleitoral, no Cairo
Foto: AP
Mulheres aguardam para votar no bairro de Zamalek, no Cairo
Foto: AP
Mulheres aguardam para votar nas eleições parlamentares do Egito em seção eleitoral no bairro de Zamalek, no Cairo
Foto: AP
Soldado participa de operação de segurança ao lado de parede de seção eleitoral coberta de propaganda política, em Assuit
Foto: AP
Eleitor mostra o dedo sujo de tinta após votar nas primeiras eleições legislativas após a era Mubarak
Foto: AFP
Amr Moussa vota nas eleições parlamentares do Egito em seção eleitoral no Cairo
Foto: Reuters
Eleitor (dir.) discute com seguranças para exigir que o futuro candidato à presidência Amr Moussa (de óculos escuros) permaneça na fila para votar em seção eleitoral no Cairo. Moussa pretende concorrer nas eleições presidenciais do país, que devem ocorrer em 2012
Foto: Reuters
Mulheres egípcias esperam na fila para votar em um posto eleitoral de Maadi, no subúrbio do Cairo
Foto: AP
Farah Yousry, Amal Saad, Soheir Saad e Salma Saad mostram os dedos marcados com tinta após votarem, no Cairo
Foto: Tariq Saleh / Especial para Terra
"Foi uma sensação tão boa, de me sentir cidadã, com direitos, com responsabilidades", disse a egípcia Salma Saad
Foto: Tariq Saleh / Especial para Terra
Mulheres esperam para votar em uma grande fila no Cairo, nas primeiras eleições egípcias após a revolução
Foto: Tariq Saleh / Especial para Terra
Foto: Arte / Terra
Oficiais eleitorais contam os votos ao término do segundo dia de votação no Egito
Foto: AFP
Apesar dos protestos na véspera, a votação, a primeira da era pós-Mubarak foi considerada um triunfo na Primavera Árabe
Foto: AFP
Foto: Arte / Terra
Egípcio lê jornal em café no bairro de Zeitun, no Cairo
Foto: Arte / AFP
A contagem dos votos, cujo resultado deve ser anunciado nesta quinta-feira, aponta para vitória dos islamistas