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Ásia

Kim Jong-un teria usado passaporte brasileiro em visita à Disney

22 dez 2011 - 12h42
(atualizado às 13h07)
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O novo líder norte-coreano, Kim Jong-un, visitou secretamente o Japão durante sua infância, utilizando uma falsa identidade com um passaporte brasileiro, e inclusive teria visitado a Disneylândia de Tóquio, informou nesta quinta-feira o jornal Yomiuri Shimbun.

INFO INFOGRÁFICO estrutura poder coreia do norte
INFO INFOGRÁFICO estrutura poder coreia do norte
Foto: Reuters

Ele foi acompanhado de outra criança, aparentemente seu irmão mais velho Jong-chul, completou o jornal. Os dois irmãos entraram no Japão em 12 de maio de 1991 e partiram onze dias depois, utilizando passaportes brasileiros verdadeiros com uma identidade falsa, informou o Yomiuri, citando fontes dos serviços secretos.

Os dois obtiveram vistos japoneses em Viena e Jong-un, que então tinha 8 anos, passou-se por Joseph Pak. O jornal não informou se outras pessoas os acompanhavam. Os serviços de segurança japoneses tiveram suspeitas sobre sua verdadeira identidade, mas quando foi iniciada a investigação eles já tinham saído do país.

Os recibos dos cartões de crédito mostram que "provavelmente" visitaram a Disneylândia nos subúrbios de Tóquio, completou o jornal. Seu meio irmão Jong-nam, que hoje tem 40 anos, foi expulso do Japão em 2001 depois de ter tentado entrar nesse país com um passaporte dominicano falso. Na época, Jong-nam declarou aos funcionários da imigração que desejava visitar a Disneylândia.

A vida de Kim Jong-un, cujo rosto era totalmente desconhecido há apenas um ano, é rodeada de mistério. Ignora-se particularmente a data de seu nascimento: teria atualmente cerca de 30 anos, segundo algumas fontes, no entanto, veículos da imprensa japonesa lhe dão 28 anos, e 30 para Jong-chul.

Os dois irmãos são filhos da terceira mulher de Kim Jong-Il, uma bailarina coreana nascida no Japão, Ko Yong-hi, que morreu de câncer de mama em 2004. Seu meio irmão Jong-nam é filho de uma primeira mulher do líder morto.

Morre Kim Jong-il

O líder norte-coreano, Kim Jong-il, morreu nesse sábado, 17 de dezembro, vítima de "fadiga física", quando realizava uma viagem de trem. Sua morte só foi anunciada nessa segunda, 19, pela agência estatal norte-coreana. Após receber a notícia, o governo e o Exército da Coreia do Sul entraram em estado de alerta, enquanto a população da Coreia do Norte chorava o falecimento do líder, que abre espaço para ascensão de seu filho, Kim Jong-un, provável herdeiro em Pyongyang.

Jong-il, 69, comandava a Coreia do Norte desde 1994, após a morte de seu pai, Kim Jong-sun, fundador do país. Durante 17 anos, cultivou um dos regimes mais fechados do mundo, baseado no culto de si e do sistema comunista. O governo hermético não impediu que idiossincrasias de Jong-il viessem a público, como o autoproclamado título de inventor do hambúrguer, formando a imagem complexa de um líder excêntrico de um país isolado do mundo, cujo futuro na península coreana é agora incerto.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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