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Ásia

China soube da morte de Kim Jong-il no sábado, diz jornal

21 dez 2011 - 07h42
(atualizado às 08h11)
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A China, principal aliada da Coreia do Norte, soube no sábado que o líder norte-coreano Kim Jong-il havia morrido naquele dia, dois dias antes da declaração oficial feita para o restante do mundo, informou um jornal sul-coreano nesta quarta-feira.

O jornal JoongAng Ilbo citou uma fonte não identificada em Pequim afirmando que o embaixador chinês na Coreia do Norte havia recebido informações de inteligência sobre a morte de Kim e teria relatado a ocorrência para a capital chinesa em 17 de dezembro, dia da morte dele. O líder morreu de um aparente ataque cardíaco enquanto estava no trem. "A Coreia do Norte informou a China sobre a morte de Kim por meios diplomáticos no dia seguinte", disse uma fonte citada no jornal.

O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Sul havia dito em coletiva de imprensa na terça-feira que a China não sabia da morte antes do pronunciamento oficial da Coreia do Norte. "Ouvimos diversas vezes que (a China) não soube (da morte de Kim) antes", disse o porta-voz do ministério Cho Byung-jae.

Altas autoridades da inteligência e das forças militares sul-coreanas foram criticadas por não terem ficado cientes da morte de Kim antes do informe oficial da Coreia do Norte.

Quando o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, partiu para uma visita diplomática ao Japão na semana passada, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, já estava morto havia quatro horas, indicando que nem Seul e nem Tóquio - ou Washington - faziam ideia de seu falecimento.

Morre Kim Jong-il

O líder norte-coreano, Kim Jong-il, morreu nesse sábado, 17 de dezembro, vítima de "fadiga física", quando realizava uma viagem de trem. Sua morte só foi anunciada nessa segunda, 19, pela agência estatal norte-coreana. Após receber a notícia, o governo e o Exército da Coreia do Sul entraram em estado de alerta, enquanto a população da Coreia do Norte chorava o falecimento do líder, que abre espaço para ascensão de seu filho, Kim Jong-un, provável herdeiro em Pyongyang.

Jong-il, 69, comandava a Coreia do Norte desde 1994, após a morte de seu pai, Kim Jong-sun, fundador do país. Durante 17 anos, cultivou um dos regimes mais fechados do mundo, baseado no culto de si e do sistema comunista. O governo hermético não impediu que idiossincrasias de Jong-il viessem a público, como o autoproclamado título de inventor do hambúrguer, formando a imagem complexa de um líder excêntrico de um país isolado do mundo, cujo futuro na península coreana é agora incerto.

O corpo de Kim Jong-il fica exposto em um caixão de vidro, no palácio Kumsusan
O corpo de Kim Jong-il fica exposto em um caixão de vidro, no palácio Kumsusan
Foto: AFP
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