Opositores russos são libertados após 15 dias de prisão
21 dez2011 - 07h33
(atualizado às 08h54)
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Dois líderes da oposição russa, o blogueiro Alexei Navalni e Illia Yashin, foram libertados nesta quarta-feira depois que cumpriram pena de 15 de dias de prisão por protestar contra os resultados das eleições legislativas.
Navalni, conhecido pela luta contra a corrupção, e Yashin, um dos dirigentes do movimento opositor liberal Solidarnost, deixaram a prisão durante a madrugada.
Ambos foram detidos durante um protesto no centro de Moscou no dia 5 de dezembro para denunciar as fraudes nas eleições legislativas vencidas pelo partido Rússia Unida do primeiro-ministro Vladimir Putin.
"O que aconteceu é extraordinário. Fomos presos em um país e, ao sermos libertados, saímos em outro país diferente", declarou Navalni. "O partido dos fraudadores e ladrões designou como candidato à presidência seu principal fraudador e ladrão", completou, em referência a Putin.
Putin ironizou a oposição durante a entrevista. "A oposição sempre dirá que as eleições não são honestas. Isto é o que acontece em todas as partes e em todos os países", disse
Foto: AFP
"O fato de que as pessoas se expressam sobre o que acontece no país é algo totalmente normal, desde que permaneça dentro dos marcos da lei", afirmou Putin
Foto: AP
Putin também acusou os EUA de participação na morte do ex-ditador líbio Muammar Kadafi. "Drones, principalmente americanos, atacaram o comboio. Depois, com seus rádios, por meio das forças especiais que não tinham nada o que fazer ali, chamaram a pseudo oposição e os combatentes que o eliminaram sem julgamento e sem investigação", declarou
Foto: AP
"Na minha opinião, o resultado destas eleições reflete, sem margem para dúvidas, o estado das forças no país", disse Putin
Foto: AFP
Auditório acompanha entrevista de Putin a televisão
Foto: AP
O primeiro-ministro chega ao estúdio da televisão para participar do programa
Foto: AP
O primeiro-ministro russo gesticula durante participação em programa de televisão, em Moscou. Putin abordou vários assuntos durante a entrevista, principalmente as acusações da oposição de que as últimas eleições parlamentares do país foram fraudadas