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Oriente Médio

Conselho irá reger relações entre A. Latina e mundo árabe

3 dez 2011 - 05h14
(atualizado às 07h35)
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As relações do mundo árabe com a América Latina e o Caribe serão regidas por um conselho de personalidades como passo para uma futura "aliança ampliada", segundo as decisões tomadas nesta sexta-feira durante um encontro inter-regional realizado na cidade colombiana de Cartagena das Índias.

O estabelecimento do chamado Conselho para as Relações Árabes com a América Latina e o Caribe foi a conclusão mais importante do Fórum Internacional Árabe-Latino-americano, que reuniu delegados de dez países árabes e 11 latino-americanos e caribenhos, convocados pela Fundação Global Democracia e Desenvolvimento (Funglode).

O encontro, aberto na quarta-feira passada, terminou nesta sexta-feira com uma declaração na qual personalidades das duas regiões assumiram a construção de uma aliança árabe-latino-americana para enfrentar os desafios de um ambiente global altamente competitivo.

Neste contexto, previram que o conselho estipulado "será a força impulsora para a criação de uma aliança ampliada" entre suas regiões. No mesmo documento, os delegados de ambas as regiões consideraram que seus Estados, ao todo 57, "têm uma oportunidade extraordinária para construir uma poderosa aliança para seu benefício mútuo". É, segundo eles, uma aliança que "reforçará a comunidade internacional, as instituições multilaterais, a paz global e o desenvolvimento".

As duas regiões, ressaltaram depois, "necessitam expandir seus laços comerciais, de negócios e de desenvolvimento econômico", construir relações acadêmicas, de educação e buscar o aprendizado mútuo "sobre a boa governança, criação de instituições de paz e reconciliação". Além disso, o documento indica as duas regiões possuem "interesses comuns complementares, ao invés de interesses em conflito" no que se refere a negócios, laços comerciais e econômicos.

O mundo árabe, na opinião dos delegados, experimenta um crescimento rápido de sua população e economia, e é um mercado potencial para alimentos, água e exportações culturais da América Latina e do Caribe, enquanto estes podem servir como importantes mercados de energia procedente do Oriente Médio, assim como um foco para os investimentos de capital.

Apesar dessas expectativas, eles também lembraram que, atualmente, o comércio entre as duas regiões constitui apenas 1% para cada uma. Participaram do fórum o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, os ex-presidentes Ernesto Samper (da Colômbia) e Vinicio Cerezo (da Guatemala), assim como membros da sociedade civil, funcionários de chancelarias, personalidades da academia, cultura e política, além de representantes da comunidade árabe e judaica das Américas, Europa, Israel e Palestina.

EFE   
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