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América Latina

Argentina: deputados autorizam transexuais a escolher gênero

30 nov 2011 - 22h10
(atualizado às 22h40)
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Os travestis poderão usar uniforme feminino nas forças de segurança da Argentina por conta de uma resolução do governo que procura responder "diferentes reivindicações" neste sentido, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais. Trata-se de uma norma ditada pelo Ministério Argentino de Segurança que "toda pessoa que se identifica como mulher passará a usar uniforme feminino e trajes de banho e roupas de mulheres", declarou a diretora de Direitos Humanos da entidade, Natalia Federman, a meios de comunicação locais.

Carla Morales posa ao lado de placa em frente ao restaurante que abriu com a irmã Mar no bairro de Barracas, em Buenos Aires. As irmã transexuais criaram a churrascaria e pretendem formar uma equipe formada majoritariamente por transexuais, como forma de ajudá-los contra o preconceito
Carla Morales posa ao lado de placa em frente ao restaurante que abriu com a irmã Mar no bairro de Barracas, em Buenos Aires. As irmã transexuais criaram a churrascaria e pretendem formar uma equipe formada majoritariamente por transexuais, como forma de ajudá-los contra o preconceito
Foto: BBC Brasil

A medida foi tomada para "reconhecer e respeitar as pessoas de acordo com a identidade adotada", o que faz com que os policiais e membros do resto das forças de segurança possam usar o nome e realizar as tarefas de acordo com o gênero com o qual se identificarem. "Não são muitos os casos, mas existem. Soubemos de casos de membros que pediram algum tipo de assessoria. E a partir das diferentes reivindicações fomos buscando soluções em exemplos de fora do país", declarou Federman.

A resolução também atinge os presos, por isso, os travestis detidos ficarão hospedados em uma cela de acordo com o sexo com o qual se identificarem. Para aqueles que "não se identificam com os sexos masculino e feminino" está previsto o alojamento em celas separadas, acrescenta a resolução do Ministério.

EFE   
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