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Mundo

Psiquiatras entregam relatório sobre sanidade de Breivik

29 nov 2011 - 08h50
(atualizado às 09h30)
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O tribunal de Oslo vai receber nesta terça-feira o relatório psiquiátrico do ultradireitista Anders Behring Breivik, documento que vai determina se o autor confesso dos atentados de 22 de julho estava em plena posse de suas faculdades mentais, e portanto, pode ser julgado.

Caso Breivik seja declarado mentalmente saudável, o processo segue adiante e culmina no julgamento de 16 de abril. Se o relatório concluir que o fundamentalista cristão sofre de alguma doença mental e que não é responsável por seus atos, ele será internado em uma instituição psiquiátrica por tempo indeterminado.

Entre outros elementos, o diagnóstico feito pelos psiquiatras Synne Sorheim e Torgeir Husby é resultado de mais de 35h de interrogatórios com Breivik, revisão dos depoimentos à Polícia, reconstituição do massacre e relatos das testemunhas.

Espera-se que seja incluída uma retrospectiva minuciosa da infância, juventude e do passado de Breivik, fatos que possam ter influenciado a perpetrar o duplo atentado que matou 77 pessoas.

Anders Behring BreivikO relatório terá cerca de 230 páginas, bem mais do que o volume entre 30 e 70 páginas desses casos. Por causa da dimensão da tarefa, os psiquiatras responsáveis tiveram de atrasar a entrega em um mês da data inicial de prevista.

Embora a análise não vá ser divulgada ao público, a Promotoria anunciou que vai comunicar as conclusões nesta terça-feira em entrevista coletiva às 10h (de Brasília).

De acordo com o advogado de Breivik, Geir Lippestad, o fundamentalista cristão não expressou nenhum medo de ser diagnosticado como doente mental e acredita que será julgado como assassino.

Os psiquiatras pretendiam fazer uma ressonância magnética de seu cérebro para detectar eventuais danos e tumores, mas Breivik se negou a passar pelo procedimento, apesar de ter pedido para ser examinado por um especialista estrangeiro, em detrimento dos noruegueses.

Em 22 de julho, o ultradireitista detonou um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, matando oito pessoas, e imediatamente depois se dirigiu à ilha de Utoeya, a 45 quilômetros da capital, onde disparou de forma indiscriminada matando outras 69. A maioria das vítimas de Utoeya estava no acampamento da Juventude Trabalhista.

EFE   
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