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Mundo

Ministro francês nega complô contra Strauss-Kahn no Sofitel

27 nov 2011 - 09h35
(atualizado às 10h18)
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O ministro do Interior francês, Claude Guéant, rejeitou neste domingo a possibilidade de ter havido um "complô" contra o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, no caso do Hotel Sofitel de Nova York, após uma matéria investigativa de um jornalista americano ter afirmado que houve um golpe contra ele.

"Li a matéria do jornalista (Edward) Epstein. Mas o que ele diz? Que DSK perdeu seu telefone. O fato de o celular ter sumido não quer dizer que houve um complo", disse Guéant à imprensa. O jornalista afirma ainda que o smartphone de DSK pode ter sido grampeado.

Em uma matéria investigativa publicada pela revista New York Review of Books, Epstein dá detalhes do que teria acontecido no fatídico dia 14 de maio, no hotel Sofitel de Manhattan, onde Strauss-Kahn foi acusado de ter agredido sexualmente a camareira Nafissatou Diallo, quando era favorito como pré-candidato à eleição presidencial francesa de 2012.

O jornalista afirma que Strauss-Kahn foi advertido por uma amiga nesta mesma manhã de que seu telefone celular provavelmente havia sido grampeado e que uma de suas mensagens particulares havia sido lida na UMP, o partido do presidente Nicolas Sarkozy.

Epstein afirma que esse telefone sumiu e nunca mais foi encontrado, e que dois homens do Sofitel teriam comemorado ostensivamente o que se passou com o ex-ministro socialista e ex-diretor do FMI. "Posso assegurar que essas duas pessoas não eram policiais franceses", disse o ministro do Interior. "Tudo isso é fantasmagórico e considero que é algo extraordinário (...) Eu digo que se há alguém que acredita que houve um complô, que apresente uma queixa ante a justiça e acabemos com as suposições e rumores", disse Gueant.

Em uma entrevista concedida à AFP no sábado, Eptein se disse convencido de que houve uma tentativa para "fazer fracassar" a candidatura de Dominique Strauss-Kahn à presidência, mas o jornalista não quis classificar o que houve como um "complô político" totalmente montado.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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