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América Latina

Freira acusada de pedofilia diz que era apenas carinhosa

26 nov 2011 - 16h22
(atualizado às 16h49)
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A freira e diretora chilena acusada de abusos contra noviças e alunas negou as acusações e disse que "só praticou gestos de carinho" em suas supostas vítimas.

"Madre Paula", que comandou por mais de duas décadas o colégio das Freiras Ursulinas e também o mosteiro dessa ordem, no Chile, disse ao jornal chileno El Mercurio que nunca abusou de ninguém.

Atualmente, a freira, que se chama Isabel Lagos Droguett, mora num convento na Alemanha. "Tive gestos de carinho, sem dúvida, mas nenhum que pudesse ser interpretado de outra maneira", assegurou a freira, que afirmou que soube das denúncias pela imprensa, em março. Na audiência desta semana, a defesa da religiosa sustentou que "beijos entre adultos não são abusos", em alusão a uma das denúncias, apresentada em outubro de 2009 por Macarena Vicuña Vergara, uma ex-noviça das Ursulinas.

"A superiora abusou de mim, me tocou, despertou meu corpo, me iniciou em campos desconhecidos, me fez levar uma vida dupla entre 1988 e 1991 ou 1992", denunciou a ex-noviça, atualmente uma professora de 46 anos.

Na entrevista, Madre Paula diz que é normal que nos conventos freiras e noviças durmam no mesmo cômodo, "como em qualquer família", mas assegurou que nunca dormiu com ninguém na mesma cama, como afirma Macarena. "Transformar isso numa questão de conteúdo sexual me parece uma maldade", reclamou a freira.

EFE   
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