C. do Norte ameaça sede do governo de Seul com "mar de fogo"
24 nov2011 - 06h20
(atualizado às 07h55)
Compartilhar
A Coreia do Norte denunciou nesta quinta-feira as manobras militares executadas na véspera pelo Exército da Coreia do Sul, perto de uma ilha fronteiriça bombardeada por Pyongyang ano passado, e ameaçou o vizinho com "um mar de fogo capaz de engolir a residência presidencial em Seul"
O comando militar do regime comunista considerou que o exercício conjunto de quarta-feira nas proximidades da ilha de Yeonpyeong, na fronteira marítima entre as duas Coreias, foi um novo desafio. "Os militares de guerra devem recordar a lição do mar de fogo na ilha de Yeonpyeong", afirma um comunicado citado pela agência de notícias oficial da Coreia do Norte.
Em 23 de novembro de 2010, as forças norte-coreanas dispararam 170 projéteis ou foguetes contra Yeonpyeong, cenário de confrontos violentos no passado entre os dois países. O ataque, o primeiro contra uma zona habitada por civis desde a Guerra da Coreia (1950-53), matou quatro pessoas, dois soldados e dois civis, e destruiu vários imóveis.
Pyongyang alegou que o ataque foi uma resposta aos exercícios de artilharia sul-coreanos executados um pouco antes na área em disputa, durante os quais alguns disparos atingiram o espaço marítimo da Coreia do Norte.
"Se (a Coreia do Sul) se atrever a violar outra vez nossa honra e se o nosso mar, nosso espaço e nossa terra forem violados por apenas uma bala ou projétil, o mar de fogo de Yeonpyeong aumentará e engolirá a 'Casa Azul'", adverte o comunicado militar, em referência à residência oficial do presidente sul-coreano.
Criticado por sua passividade ante o ataque da Coreia do Norte em 2010, o Exército sul-coreano advertiu que responderá de forma contundente a qualquer agressão.
Tanques K-9 da marinha sul-coreana participam de exercício realizado na ilha de Baengnyeong para marcar o primeiro aniversário do ataque de artilharia da Coreia do Norte à ilha de Yeonpyeong, que deixou dois militares e dois civis mortos. A manobra militar desta quarta-feira foi realizada a poucos quilômetros da fronteira entre os dois países e teve objetivo de ser uma demonstração de força do Sul
Foto: AP
Caça F-15K da força aérea sul-coreana levanta voo na base de Daegu durante a manobra militar
Foto: AP
Linha de tanques K-9 se dirige para o local da manobra militar, na ilha de Baengnyeong
Foto: AP
Navios da marinha sul-coreana patrulham a costa da ilha de Yeonpyeong, que foi atingida por um ataque de artilharia norte-coreano em 23 de novembro de 2010
Foto: AP
Fuzileiros navais participam de manifestação contra a Coreia do Norte na ilha de Yeonpyeong
Foto: AP
Soldados passam por lona que cobre casas destruídas pelo ataque norte-coreano
Foto: AP
Moradora observa obra de reconstrução de casa que foi destruída pelo ataque norte-coreano
Foto: AP
Manifestantes sul-coreanos queimam a bandeira da Coreia do Norte, imagens de seu líder, Kim Jong Il (esq.), e do filho dele Kim Jong Un (dir.) durante protesto que marca o primeiro aniversário do ataque à ilha de Yeonpyeong, sem Seul
Foto: AP
O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Kim Hwang-sik (segundo à esquerda), participa de cerimônia em frente aos túmulos dos soldados Kim Hwang-sik e Moon Gwang-wook, mortos no ataque norte-coreano
Foto: AP
Homem presta homenagem silenciosa em frente aos bustos dos militares mortos no ataque norte-coreano. As esculturas estão em um memorial na ilha de Yeonpyeong