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Distúrbios no Mundo Árabe

Dirigente opositor sírio se reunirá com autoridades russas

14 nov 2011 - 14h13
(atualizado às 14h49)
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Um dos dirigentes do Conselho Nacional Sírio (CNS), Burhan Galion, vai desembarcar nesta terça-feira em Moscou para encontro com as autoridades russas, anunciou nesta segunda-feira Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia. "Nós não reduzimos nossos esforços. O CNS é um dos grupos opositores mais críticos ao regime de Bashar al Assad", afirmou Lavrov.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia destacou que "seu país tenta manifestar toda preocupação com essa situação, já que a luta pelo poder é uma coisa que frequentemente se transforma em um objetivo comum. Mas, de todas as formas, é preciso pensar no país e no povo sírio".

Um líder do CNS apoiou a decisão da Liga Árabe de suspender a Síria da organização, ao considerar que não deve dar respaldo para suas aspirações. Já Lavrov criticou a decisão e acusou os países ocidentais de incentivar o confronto entre os opositores e as autoridades sírias com intenção de derrubar o regime de Damasco.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia já chegou a afirmar que os países ocidentais querem repetir na Síria o mesmo roteiro usado na Líbia ao promover uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, que, por sua vez, coloca toda a culpa do conflito ao regime sírio. "Os países ocidentais acreditam que a forma como ocorreu a revolução na Líbia serve de modelo para o futuro", disse Lavrov.

No início de outubro, a Rússia e a China exerceram seu direito de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir aprovação de uma condenação da Síria pela repressão contra os manifestantes. A organização humanitária Human Rights Watch revelou que o regime sírio cometeu crimes contra a humanidade principalmente na província central de Homs, uma das principais fortificações opositoras.

Desde março, a Síria é palco de revoltas populares contra o regime de Assad. A repressão contra os manifestantes já causou a morte de mais de 3,5 mil pessoas, pelos últimos números da ONU.

EFE   
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