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Oriente Médio

AIEA vê indícios de programa militar nuclear no Irã

8 nov 2011 - 15h49
(atualizado às 18h35)
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O Irã trabalhou no desenvolvimento de uma bomba atômica e ainda pode estar conduzindo pesquisas e testes relevantes para tais armas, informou nesta terça-feira a agência nuclear da ONU em seu relatório mais detalhado sobre as dimensões do programa nuclear de Teerã.

O documento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que foi precedido de especulações na mídia israelense sobre supostos ataques contra locais nucleares do Irã, detalhou novas evidências que sugerem os esforços para o desenvolvimento da capacidade de produzir armas nucleares.

"A agência tem sérias preocupações com as possíveis dimensões militares do programa nuclear do Irã", afirmou a AIEA no relatório, que incluía um anexo de 13 páginas com descrições técnicas importantes do levantamento. Para o Irã, o relatório é "politicamente motivado", afirmou a agência de notícias semioficial Fars. "O relatório da Agência Internacional de Energia Atômica é desequilibrado, não profissional e politicamente motivado", disse o enviado do Irã à AIEA, Ali Asghar Soltanieh.

Citando informação "crível", a agência da ONU sediada em Viena, na Áustria, afirmou que os dados "indicam que o Irã realizou atividades relevantes para o desenvolvimento de um artefato nuclear explosivo." A agência acrescentou que "a informação também indica que antes do fim de 2003 essas atividades aconteceram sob um programa estruturado, e que algumas atividades ainda podem estar em andamento."

Os Estados Unidos e seus aliados devem usar o aguardado relatório para pressionar por mais sanções aos país produtor de petróleo. Teerã nega as acusações, dizendo que elas não têm fundamento. O país diz que seu programa é pacífico e busca a geração de eletricidade.

Com informações de agências internacionais

Imagem de arquivo mostra o presidente Mahmoud Ahmadinejad visitando instalação de enriquecimento de urânio em Natanz
Imagem de arquivo mostra o presidente Mahmoud Ahmadinejad visitando instalação de enriquecimento de urânio em Natanz
Foto: AFP
Fonte: Terra
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