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Oriente Médio

Premiê de Israel busca apoio para atacar Irã, diz jornal

2 nov 2011 - 08h37
(atualizado às 11h32)
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu titular da Defesa, Ehud Barak, tentam alcançar a maioria dentro do Conselho de Ministros para levar adiante um ataque contra o programa nuclear do Irã, afirma nesta quarta-feira o jornal Ha'aretz.

Netanyahu em sessão do Knesset (Parlamento): imprensa local aponta movimentos do premiê por ataque ao Irã
Netanyahu em sessão do Knesset (Parlamento): imprensa local aponta movimentos do premiê por ataque ao Irã
Foto: AP

De acordo com uma importante fonte oficial, os ministros que se opõem a um ataque deste tipo têm ligeira maioria e por isso Netanyahu e Barak tentam persuadir os demais. Recentemente, uniu-se ao grupo que apoia uma ação militar o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, quem até então resistia pelas possíveis repercussões que a operação traria.

O tema do Irã ganhou destaque na sexta-feira depois que o colunista Nahum Barnea do jornal Yedioth Ahronoth abordou a questão da pressão interna dentro do Governo para lançar um ataque em artigo de opinião sob o título de "Pressão atômica". O assunto dominou a sessão inaugural de inverno do Parlamento na última segunda-feira.

Israel vê o Irã como um dos principais problemas regionais por ameaças do passado feitas pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Um Irã nuclear constituirá uma grave ameaça para o Oriente Médio e para o mundo inteiro, e certamente é uma ameaça direta e grave para nós", ressaltou Netanyahu em seu discurso.

Barak rejeitou a postura de precaução de alguns políticos (muitos do mesmo Governo) que advertem sobre as consequências que teria uma guerra com esse país. "Sou contrário a intimidação e ao (argumento) de que Israel pode ser destruído pelo Irã", sustentou. Em seus discursos nenhum dos dois descartou a opção militar contra o programa nuclear iraniano, que não conta com maioria dentro do Conselho de Ministros.

Ministros e diplomatas disseram ao jornal que o próximo relatório da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), de 8 de novembro, terá efeito decisivo nas decisões de Israel.

EFE   
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