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Ásia

Japão retoma acordo com Vietnã para fornecer tecnologia nuclear

31 out 2011 - 12h01
(atualizado às 12h26)
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Os chefes de Governo do Japão e do Vietnã concordaram nesta segunda-feira em Tóquio em retomar seu plano de cooperação nuclear, no qual o primeiro irá exportar ao segundo tecnologia atômica civil, informou a agência local "Kyodo".

Japão obteve em 2010 contratos para construir no Vietnã duas usinas nucleares, embora o plano tenha sido provisoriamente congelado após o acidente em Fukushima provocado pelo desastre de 11 de março.

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, e seu colega vietnamita, Nguyen Tan Dung, em visita à capital japonesa, deram nesta segunda-feira sinal verde para reiniciar este e outros projetos com a assinatura de um comunicado conjunto, no qual Vietnã expressa "seu grande interesse em receber tecnologia nuclear do Japão".

No documento, o Governo nipônico também se compromete a impulsionar a segurança nuclear compartilhando com "máxima transparência" as lições aprendidas durante a crise nuclear, e garante que vai fornecer tecnologias "de mais alto nível de segurança nuclear do mundo".

O país de Noda apostou por retomar a exportação de energia atômica, apesar da atual crise nuclear no nordeste do país e depois que Tóquio decidiu depender menos da fusão atômica para produzir energia.

No sábado, Japão e Índia também retomaram as negociações para a provisão de tecnologia atômica e reafirmaram seu acordo para o desenvolvimento de jazidas de terras raras, da mesma forma que fizeram nesta segunda-feira Noda e Dung.

Com a provisão mundial quase totalmente nas mãos da China, o Japão está muito interessado em explorar de maneira conjunta estes elementos, cada vez mais utilizados em equipamentos tecnológicos e automóveis, com vários países do sudeste asiático, onde se acredita que as terras raras estão sendo pouco utilizadas.

As 17 "terras raras" são escândio, ítrio, lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio e lutécio, e há grandes jazidas de elementos em nações emergentes como Índia e Brasil.

EFE   
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