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Ásia

Geleiras chinesas estão derretendo mais rápido, diz pesquisa

22 out 2011 - 04h27
(atualizado às 05h16)
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As geleiras na província chinesa de Qinghai (oeste), de cujo degelo se nutrem os três rios mais importantes do país, estão derretendo mais rápido do que nunca por causa dos efeitos do aquecimento global, segundo pesquisadores citados neste sábado pela agência oficial Xinhua.

As análises de qualidade de água, geologia e alagadiços realizados nas nascentes dos rios Yangtzé, Amarelo e Lancang desde 2005 mostram que grande parte dos 2,6 mil km² de geleiras que há na região desapareceram.

Um especialista do escritório encarregado do acompanhamento dos três principais rios destacou que a fonte do Amarelo está "se contraindo particularmente rápido". "Ainda podem ser vistas geleiras na região do ar, mas temo que em dez anos talvez já não estarão lá", disse o subdiretor do escritório, Li Xiaonan.

A situação é similar no nascimento do Yangtzé, onde 70 km² da geleira que o alimenta se derreteram, segundo Cheng Haining, engenheiro que trabalha para o escritório de análise hídrica de Qinghai. "O derretimento das geleiras está estreitamente conectado com a mudança climática", assinalou Cheng, acrescentando que os dados recolhidos durante os últimos 50 anos mostram um aumento da temperatura média no nascimento dos três rios.

O inverno de 2009, por exemplo, foi o mais quente dos últimos 15 anos, de acordo com o centro meteorológico provincial. A situação é similar no rio Lancang, na região tibetana de Yushu, onde os pesquisadores asseguram que 70% das geleiras que o alimentam se derreteram.

Xin Yuanhong, engenheiro do Centro de Estudos de Hidrografia e Geologia de Qinghai, disse que o desaparecimento das geleiras poderia suceder em uma escassez de água e até a seca completa dos rios a longo prazo, o que representaria um desastre ecológico.

"A região de Qinghai é uma das mais afetadas pelo aquecimento global, o que a médio prazo terá um impacto negativo, tanto na população da Ásia como em nível mundial", alertou Qin Dahe, um pesquisador da Academia de Ciências da China.

O gigante asiático é atualmente o maior emissor mundial de dióxido de carbono, principal gás causador do aquecimento global.

EFE   
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