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Egito: Irmandade Muçulmana pede paciência a cristãos coptas

10 out 2011 - 09h59
(atualizado às 10h30)
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A Irmandade Muçulmana afirmou nesta segunda-feira, após os graves enfrentamentos deste domingo entre coptas e militares, que não é o momento adequado para que a comunidade cristã no Egito faça suas reivindicações, Em comunicado, a confraria religiosa destacou que os distúrbios, que acabaram com 24 mortos, "não são resultado do problema com uma igreja em Assuã", como denunciavam os manifestantes, "mas uma conspiração contra a revolução".

Egípcios cristãos entram em confronto com soldados do Exército após manifestação em Cairo, onde vários veículos foram incendiados
Egípcios cristãos entram em confronto com soldados do Exército após manifestação em Cairo, onde vários veículos foram incendiados
Foto: AP

De acordo com a Irmandade Muçulmana, prova disso é o número de mortos e feridos, o que demonstraria o desejo de setores do Egito e da comunidade internacional em boicotar a revolução e o processo em direção à liberdade, a justiça e a democracia. "Todo o povo egípcio tem suas reivindicações legítimas e não só os irmãos coptas; e este não é o momento adequado para reclamá-las, pois o governo atual é provisório e a situação geral não é natural", disse a organização.

A Irmandade Muçulmana recomendou paciência e que os grupos políticos do país esperem a formação de um Executivo eleito por eleições livres. A organização pediu que se acelere o pleito "para levar o Egito à estabilidade e a legitimidade popular e constitucional".

A Irmandade solicitou às Forças Armadas todos os esforços para proteger o processo eleitoral e também expressou sua disposição de formar comitês populares. Apesar disso, o grupo reconheceu o descontentamento entre os coptas, resultado de uma "política de um regime corrupto e autocrático que não respeitou a religião e afetou todos os egípcios". Mas afirmou que a Irmandade Muçulmana sofreu o dobro do que os demais.

EFE   
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