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Estados Unidos

Republicano Romney promete um século de hegemonia dos EUA

7 out 2011 - 17h31
(atualizado às 17h39)
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O político Mitt Romney, pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos, prometeu nesta sexta-feira um século de hegemonia global do país caso vença as eleições de 2012, ao delinear os principais pontos de sua política externa e as medidas que tomaria nos primeiros 100 dias de governo.

Durante um discurso na academia militar The Citadel, no estado da Carolina do Sul, Romney disse que este é um século americano, já que, segundo ele, o país tem a economia e a Defesa mais fortes do mundo.

Citando pela primeira vez questões de política externa, o pré-candidato refletiu os valores conservadores de seu partido. "Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os EUA não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio".

"Este é o momento dos EUA. Devemos abraçar o desafio, não podemos nos acovardar, nos encurvar ao isolamento ou levantar a bandeira branca diante daqueles que afirmam que o momento dos Estados Unidos passou", continuou Romney, interrompido em alguns momentos por discretos aplausos.

Para o ex-governador de Massachusetts, um mundo sem a liderança americana estaria ameaçado pelo extremismo islâmico, por um Irã com armas nucleares e pela desestabilização do Afeganistão e do Oriente Médio.

Além disso, ele citou a ameaça do "socialismo maligno" do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e sugeriu que a violência ligada ao narcotráfico no México pode alcançar os EUA, bem como a imigração ilegal, de traficantes e terroristas.

A meta de Romney, que agora lidera as pesquisas de opinião entre eleitores republicanos, é se apresentar como uma verdadeira alternativa ao presidente Barack Obama, a quem dedicou diversos ataques durante seu discurso. Em dez anos de guerra com o Afeganistão, Romney também disse que ordenará uma "completa revisão" dos esforços de transição.

O republicano disse que revogaria algumas das medidas de Obama como, por exemplo, os cortes no setor de Defesa. Também disse que aumentará a construção de navios da Armada, consolidará a política no Oriente Médio sob um único diretor regional e ordenará a presença de navios no Mar Mediterrâneo e na região do Golfo Pérsico para dissuadir o regime iraniano.

Com relação à América Latina, ele afirmou que lançará uma campanha para promover as oportunidades econômicas dos países da região como alternativa aos modelos de Venezuela e Cuba, que para ele representam "uma quebra moral e material".

O discurso de Mitt Romney, feito perante cerca de 400 cadetes de The Citadel, foi, segundo observadores, um esforço decisivo para garantir sua vantagem em relação aos demais pré-candidatos presidenciais republicanos na disputa para desbancar Obama em 2012.

Embora tenha uma experiência limitada no exterior - foi missionário mórmon na França há mais de 40 anos -, Romney quer agora imprimir consistência em sua política externa, apoiando-se inclusive nos princípios que uma vez guiaram Ronald Reagan, nos anos 1980.

EFE   
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