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Oriente Médio

Israel: polícia reforça segurança em locais sagrados muçulmanos

3 out 2011 - 19h14
(atualizado às 21h04)
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As forças de segurança de Israel vão aumentar o policiamento em torno de templos e outros lugares sagrados muçulmanos após o incêndio ocorrido em uma mesquita na região da Galileia (norte do país) nesta segunda-feira.

O chefe da Divisão de Operações da polícia israelense, Nissim Mor, confirmou o aumento do patrulhamento nesses locais. Já o comandante da polícia, Yohanan Danino, ordenou "tolerância zero" contra os que provocarem distúrbios ou violarem a lei, segundo o site "Yedioth Aharonoth".

Na madrugada da última noite, um grupo de desconhecidos entrou na mesquita de Tuba Zangaria, na Galileia, e ateou fogo a tapetes, livros e nas paredes interiores. Para deixar claro que o incêndio foi criminoso, os muros da mesquita apareceram pichados com palavras de ordem, como "vingança". A ideia de atacar propriedades ou símbolos palestinos é parte da estratégia adotada por alguns grupos de colonos para dar uma resposta aos possíveis ataques contra os judeus.

Nesta segunda, o próprio ministro de Segurança Interna, Yitzhak Aharonovitch, visitou a mesquita incendiada, assim como o presidente israelense, Shimon Peres, e os rabinos chefes de Israel, Shlomo Amar e Jonas Metzger.

"Estou consternado e envergonhado com o que passou aqui. Isto não vai só contra a lei, mas contra a religião judia e a moral. Não aceitaremos isso e é nosso dever proteger estes lugares", disse Peres no lugar do fato.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, também condenou o ataque por julgar contra "os valores do Estado de Israel" e afirmou que a liberdade de religião e de crenças "são valores supremos".

Por sua vez, o ministro de Segurança Interna qualificou a ação como um "crime atroz", assegurando que os autores envolvidos "serão capturados". "Somos todos irmãos no Oriente Médio e este incidente não deve arruinar nossa relação", indicou Aharonovitch.

Cerca de 300 palestinos realizaram um protesto nesta segunda pelo ataque à mesquita, que acabou gerando em um violento confronto com a Polícia. "Elevamos o nível de alerta no norte, para evitar que haja problemas nesta região.

Nesta manhã foram registrados distúrbios entre os cidadãos (árabes) de Tuba, onde os manifestantes atiraram pedras e queimaram pneus", declarou à agência EFE o porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld. As forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, indignados pelo ataque à mesquita.

EFE   
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