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Oriente Médio

EUA pedem clemência ao Irã por pena de morte contra pastor

29 set 2011 - 14h51
(atualizado às 15h55)
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Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira que o Irã mostrará um "desprezo total" pela liberdade religiosa se suas autoridades executarem um pastor iraniano que se recusa a negar sua fé cristã para se converter ao islã.

"Os Estados Unidos condenam a pena de morte imposta ao pastor Youssef Nadarkhani. A execução da pena capital constituirá uma nova prova do desprezo das autoridades iranianas pela liberdade de culto", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um comunicado. "O pastor Nadarkhani não fez nada além de manter sua fé devota, que é um direito universal de todas as pessoas".

"A tentativa das autoridades iranianas de forçá-lo a renunciar a sua fé viola os valores religiosos que elas alegam defender, atravessa todos os limites da decência e viola as próprias obrigações internacionais do Irã", disse Carney. "Nós convocamos as autoridades iranianas a libertar o pastor Nadarkhani e a demonstrar compromisso com os Direitos Humanos básicos e universais, incluindo a liberdade de religião".

Nadarkhani, de cerca de 30 anos, tornou-se pastor de uma pequena comunidade evangélica chamada de Igreja do Irã após se converter do Islã aos 19 anos.

Autoridades iranianas o prenderam por apostasia em 2009 e o condenaram à morte sob a lei islâmica da Sharia.

O pastor foi poupado por um recurso da Suprema Corte em julho, afirmou seu advogado à AFP, mas foi condenado à morte novamente depois que o caso foi reexaminado em um tribunal de sua cidade natal, Gilan, de acordo com meios de comunicação locais.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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