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Mundo

Comunidade internacional lamenta morte de Wangari Maathai

26 set 2011 - 16h24
(atualizado às 17h28)
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Organizações e personalidades lembraram nesta segunda-feira como uma "autêntica heroína africana", "um ícone do movimento meio ambiental" e "a personificação da coragem" a vencedora do prêmio Nobel da Paz Wangari Maathai, que morreu em Nairóbi vítima de câncer.

A comunidade internacional louvou os intensos trabalhos na conservação do meio ambiente e na promoção dos direitos humanos realizados por Wangari, que em 2004 se tornou a primeira africana a receber um Nobel da Paz. Formada e pós-graduada em Biologia nos Estados Unidos nos anos 60, ela também estudou na Alemanha e está entre as primeiras mulheres da África oriental que obtiveram um título de doutorado - em seu caso, em Anatomia Veterinária.

Em 1977, Wangari fundou o Movimento do Cinturão Verde (GBM, na sigla em inglês), um dos programas de maior sucesso na proteção do meio ambiente, graças ao qual foram plantadas mais de 30 milhões de árvores na África. Além disso, a conservacionista enfrentou o autoritário regime do ex-presidente do Quênia Daniel Arap Moi para salvar a floresta de Karura e lutou contra a construção de um arranha-céu no parque Uhuru, em Nairóbi.

O governo do Quênia reconheceu que a morte de Wangari é "uma grande perda para o país, para a África e para todo o planeta", já que fez com que "o mundo entendesse que a água, as árvores e a proteção do meio ambiente ajudam a alcançar a paz". "Seu trabalho e seu visão viverão nas milhões de pessoas que escutaram sua voz e se esforçaram para planejar e definir um futuro melhor para todos", afirmou em comunicado o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner.

O arcebispo emérito Desmond Tutu, outro africano agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, disse que Wangari foi "uma autêntica heroína africana" que compreendeu "o laço indissolúvel entre a pobreza, os direitos e a sustentabilidade meio ambiental".

EFE   
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