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Estados Unidos

EUA negam clemência para suposto inocente condenado à morte

20 set 2011 - 10h24
(atualizado às 11h31)
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O comitê de indultos do estado da Geórgia negou nesta terça-feira o pedido de clemência para Troy Davis, um condenado a morte por um crime cometido em 1989, cujo processo revelou vícios judiciais.

Em imagem de 1991, Troy Davis chega a tribunal em Savanah, no Estado da Geórgia
Em imagem de 1991, Troy Davis chega a tribunal em Savanah, no Estado da Geórgia
Foto: AP

"Confirmamos que o comitê de indultos da Geórgia negou a clemência para Troy Davis", disse um porta-voz da Anistia Internacional em Atlanta, onde aconteceu a última audiência que poderia ter evitado a execução de Davis na quarta-feira às 19h locais (20h de Brasília).

A decisão dos cinco membros do comitê não considerou a campanha sem precedentes a nível internacional, que contou com as participações do ex-presidente americano Jimmy Carter, do papa Bento XVI, de várias celebridades e da União Europeia (UE), para pedir a comutação da pena capital por uma condenação de prisão perpétua.

Troy Davis, que passou quase metade de seus 42 anos no corredor da morte, tem sido apresentado pelos opositores da pena de morte como o exemplo do negro inocente injustamente condenado à morte por matar um policial branco.

A arma do crime cometido em uma briga em um estacionamento na cidade de Savannah em 1989 nunca foi encontrada e não foi registrada nenhuma impressão digital ou vestígio de DNA na cena do crime.

Desde que foi condenado em 1991, sete dos nove testemunhas policiais se retrataram dos depoimentos alegando coerção e intimidação por parte da polícia. A família do policial morto insiste na culpa de Davis.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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