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Mundo

Explosão de oleoduto mata 120 pessoas no Quênia

12 set 2011 - 07h10
(atualizado às 14h34)
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Cerca de 120 pessoas morreram queimadas e mais de cem foram hospitalizadas nesta segunda-feira após a explosão e o incêndio de um oleoduto em um subúrbio pobre de Nairóbi, a capital do Quênia.

Homem ferido em explosão de oleoduto chega de ambulância para ser atendido em hospital de Nairóbi
Homem ferido em explosão de oleoduto chega de ambulância para ser atendido em hospital de Nairóbi
Foto: AP

"Estimamos o número de mortos em mais de 100", disse à AFP Thomas Atuti, chefe policial da região. A explosão ocorreu na zona industrial de Lunga Lunga, rodeada pelo bairro pobre de Sinai, densamente povoado.

"Houve um vazamento na tubulação e as pessoas tentavam pegar combustível", declarou um morador do bairro, Joseph Mwego. "Ouvimos uma grande detonação, uma forte explosão, e surgiram chamas e fumaça que chegaram ao céu".

"As pessoas tentavam roubar petróleo da tubulação", confirmou à AFP um responsável da Cruz Vermelha, que enviou uma equipe de resgate ao local.

Um jornalista da AFP viu vários corpos carbonizados perto do local da explosão.

Os bombeiros tentavam conter o fogo, enquanto a polícia afastava os vizinhos do local da catástrofe.

As autoridades não deram uma explicação oficial, mas segundo os moradores do bairro, o acidente ocorreu quando várias pessoas tentavam tirar gasolina da tubulação que atravessa a região. Houve um vazamento, ou alguém abriu uma válvula.

Uma autoridade do município declarou que "o registro de corpos recuperados até o momento é de 120. E aumentará devido aos corpos no rio" próximo ao local do acidente, onde algumas vítimas se jogaram para tentar apagar as chamas que as devoravam.

A polícia colocou uma rede no rio para impedir que os cadáveres fossem arrastados pela correnteza.

O chefe de um dos principais hospitais de Nairóbi, Richard Lesiampe, afirmou que 109 pessoas eram atendidas por queimaduras.

O presidente queniano, Mwai Kibaki, e o primeiro-ministro Raila Odinga foram ao local do incidente e manifestaram sua consternação. "É algo terrível", disse Odinga.

"Nunca tinha visto algo assim em minha vida. Vi mulheres e crianças arderem, queimarem como lenha. O pior foi uma mulher carbonizada com seu bebê nas costas", contou à AFP um morador, Francis Muendo.

Em 2009, 122 pessoas morreram no oeste do Quênia na explosão de um caminhão-tanque, que havia se acidentado e do qual as pessoas tentavam extrair gasolina.

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