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Oriente Médio

Israel considera graves as advertências do premiê turco

9 set 2011 - 06h44
(atualizado às 07h54)
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As declarações do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, sobre o envio de forças navais do país para escoltar os barcos turcos que transportarão ajuda humanitária a Gaza são "graves", afirmou o ministro da Informação israelense.

"Estas declarações são graves e difíceis, mas não queremos alimentar a polêmica", declarou Dan Meridor à rádio militar israelense. "É melhor ficar calado e esperar, não há interesse em agravar a situação respondendo com ataques" verbais", completou o ministro.

Meridor ressaltou, no entanto, que a Turquia violaria o direito internacional se tentasse romper à força o bloqueio marítimo israelense da Faixa de Gaza, já que uma comissão da ONU o considerou legal.

O primeiro-ministro da Turquia afirmou na quinta-feira que as forças navais do seu país escoltarão os barcos turcos que levarem ajuda humanitária à Faixa de Gaza, após a negativa de Israel de se desculpar pelo violento ataque a um navio turco em maio de 2010.

"Os navios de guerra turcos se encarergarão de proteger os barcos turcos com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza", submetida a um bloqueio israelense, declarou Erdogan ao canal de televisão Al-Jazeera.

"De agora em diante não permitiremos que estes barcos sejam objeto de ataques de parte de Israel, como foi o caso da flotilha da Liberdade, já que Israel enfrentará a resposta adequada", afirmou Erdogan.

"A Turquia será firme em seu direito de controlar as águas territoriais no leste do Mediterrâneo", e já "adota medidas para impedir que Israel explore unilateralmente os recursos naturais" desta região.

As relações entre Turquia e Israel estão em um momento de extrema tensão desde que a ONU divulgou um relatório no qual afirma que o Exército hebreu utilizou força excessiva na operação que matou nove turcos em maio de 2010, mas que considera legal o bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza.

A Turquia decidiu expulsar o embaixador de Israel em Ancara e congelar as relações militares ante a recusa israelense de pedir desculpas pelo ataque.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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