"Roteiro líbio não se repetirá na Síria", diz chanceler russo
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou neste domingo que o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) não permitirá, se estiver ao seu alcance, a repetição do "roteiro líbio" na Síria.
"No que depender dos países do Brics, o roteiro líbio não se repetirá ali (na Síria)", disse o chefe da diplomacia russa em entrevista coletiva ao fim de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota.
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Rússia acusou a Otan de excessos no cumprimento das sanções da ONU contra a Líbia ao apoiar militarmente os rebeldes opositores ao regime do ditador Muammar Kadafi. Na opinião de Lavrov, o Conselho de Segurança da ONU, do qual Rússia e China são membros permanentes, não terá uma "atitude de indiferença" em direção ao cumprimento das resoluções na Síria.
O chanceler russo declarou que o Brics propôs que o Conselho de Segurança "se pronuncie firmemente contra todo tipo de violência na Síria e exija das partes, o governo e oposição, o respeito aos direitos humanos e que sentem para dialogar". "Não se pode instigar certas forças opositoras do país (Síria) para que continuem rejeitando as ofertas de diálogo (do governo)", ressaltou.
Lavrov assinalou que quem atua dessa maneira "está fazendo um chamado à repetição do roteiro líbio". "O Brics é contra todo tipo de violência, pela segurança da população civil, pela observância dos direitos humanos e do direito humanitário internacional, e, infelizmente, o que ocorre na Líbia não nos satisfaz", ressaltou o chanceler russo.
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