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Eleições nos EUA

Romney diz estar "em sincronia" com Tea Party nos EUA

17 ago 2011 - 18h29
(atualizado às 18h38)
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O pré-candidato republicano à Casa Branca Mitt Romney, visto por muitos como a opção moderada para o seu partido em 2012, buscou nesta quarta-feira ampliar sua base de apoio ao se declarar "em sincronia" com o movimento conservador Tea Party. Romney se reuniu com cerca de 25 metalúrgicos durante um evento político na localidade de Berlin, em New Hampshire.

Dono de uma fortuna de US$ 250 milhões, angariada em investimentos com empresas em dificuldades, Romney obteve junto aos operários uma recepção menos efusiva do que vem tendo nos encontros com empresários. Os metalúrgicos encheram Romney com perguntas sobre a correlação entre cortes de gastos públicos e estímulo à economia, sobre como ele protegeria a Previdência Social e se ele se considera um membro do Tea Party.

Dessa última, Romney se esquivou. "Não sei se você assina uma ficha de filiação", disse ele. "O que eu me considero é alguém em sincronia com o Tea Party." Muitos membros do Tea Party, no entanto, não se consideram "em sincronia" com Romney. Quando era governador de Massachusetts, ele foi um dos autores de uma reforma estadual da saúde que em 2010 inspirou o presidente Barack Obama, democrata, a promover uma reforma semelhante em âmbito nacional.

Essas duas reformas são odiadas pelo Tea Party, por serem vistas como exemplo da interferência excessiva do governo na vida dos cidadãos. Romney defende a reforma feita em Massachusetts, mas promete que, se for eleito presidente, vai revogar a lei estadual. O pré-candidato também reiterou sua opinião de que as Forças Armadas devem ser poupadas de qualquer tentativa de equilibrar o orçamento federal. Os gastos com defesa representam cerca de metade do total de gastos contingenciáveis do governo.

Romney ecoou vários pontos manifestados em Bedford, outra cidade de New Hampshire, por seu rival republicano Rick Perry, governador do Texas. "Nossa regulamentação, nossa burocracia, nossas alíquotas tributárias são muito maiores do que em outros países", disse Romney. "A resposta correta para a América é tornar o governo menor."

A chegada de Perry ao cenário pode indicar problemas para Romney. Alguns analistas acham que o texano seria mais capaz de unir as várias facções republicanas. Na segunda-feira, Romney aparentemente lançou uma indireta contra Perry, ao fazer comentários sobre a necessidade de levar experiência no setor privado à Casa Branca. Mas, no evento de terça-feira, ele não mordeu essa isca.

"Não estou querendo entrar num toma lá dá cá com o governador Perry. Ele é um sujeito bacana, um governador bacana", afirmou. "Saudamos a entrada do pessoal (na disputa), quanto mais, melhor. Se outros quiserem entrar, a água está boa."

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