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Mundo

Chega a 875 mil número de somalis refugiados devido à fome

17 ago 2011 - 13h03
(atualizado às 13h32)
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Cerca de 875 mil somalis se refugiaram em países vizinhos após se verem forçados a emigrar por causa do longo conflito, a seca e a crise de fome que assolam seu país, informou nesta quarta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

A carcaça de uma vaca perto de Lagbogal, 56 km da cidade de Wajir, no Quênia. A ONU afirma que o Chifre da África ainda não vive uma situação de fome, mas sim uma emergência humanitária que está piorando rapidamente
A carcaça de uma vaca perto de Lagbogal, 56 km da cidade de Wajir, no Quênia. A ONU afirma que o Chifre da África ainda não vive uma situação de fome, mas sim uma emergência humanitária que está piorando rapidamente
Foto: AP

O Quênia abriga 90% dos refugiados (497.768 somalis), seguido por Iêmen (191.875), Etiópia (160.701) e Djibuti (17.749), informou o Acnur em comunicado divulgado em Nairóbi. Os números da agência da ONU mostram que, só do início deste ano até o último dia 14, 234.743 somalis buscaram abrigo em solo queniano.

"Muitos deles querem voltar à Somália. Alguns estão há 20 anos no campo de refugiados de Dadaab. Outros, inclusive, nasceram lá", afirmou nesta quarta-feira em entrevista por telefone à agência Efe o porta-voz do Acnur no Quênia, Emmanuel Nyabera.

Segundo o porta-voz, "a prioridade agora é descongestionar os campos de refugiados" como o de Dadaab, considerado o maior do mundo e onde atualmente vivem 400 mil pessoas, 95% delas somalis. Cerca de 1,3 mil pessoas chegam todos os dias ao local, que tem capacidade para abrigar apenas 90 mil.

Para mudar este panorama, o porta-voz do Acnur no Quênia afirmou que "é preciso prestar assistência dentro da Somália", cuja capital, Mogadíscio, recebeu no último dia 8 um avião com 30 toneladas de doações não alimentícias, como barracas, cobertores e outros utensílios.

Dentro da Somália - que tem uma população de 7,5 milhões de pessoas -, 1,5 milhão de pessoas abandonaram suas casas em busca de ajuda, e muitas delas seguiram em direção a Mogadíscio, de acordo com dados do Acnur.

EFE   
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