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Estados Unidos

Obama percorre 3 estados de ônibus para pedir ajuda eleitoral

15 ago 2011 - 18h00
(atualizado às 18h31)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciou nesta segunda-feira uma viagem de ônibus por Minnesota, Iowa e Illinois, em uma tentativa de frear o impulso eleitoral republicano e recuperar o apoio para sua campanha. Obama, cuja popularidade se encontra abaixo de 40% segundo as últimas enquetes, quer centrar sua mensagem durante a viagem por estes três estados rurais do país na criação de emprego, o problema que mais atinge os eleitores - assunto crucial para sua reeleição no próximo ano.

Com isso, procura retomar a iniciativa após duas semanas centradas nos debates políticos sobre o teto da dívida, o rebaixamento da qualificação do crédito soberano dos EUA e a primeira consulta extra-oficial entre as bases republicanas, que deu um forte impulso à candidatura presidencial da legisladora Michelle Bachmann, favorita do movimento direitista Tea Party. Em reunião com eleitores nesta segunda-feira em Cannon Falls, no Minnesota, o presidente pediu aos próprios eleitores que pressionem o Congresso para que "deixe de lado os jogos políticos" e aprove medidas para criar empregos.

"Não há escassez de ideias, o que é preciso é ação por parte do Congresso...vocês têm que enviar uma mensagem a Washington que é tempo de parar com os jogos políticos e pensar no país em primeiro lugar", declarou Obama. "Vocês cumprem com suas responsabilidades... se vocês fazem o que devem, então os políticos em Washington têm que fazer o que devem, e se fizerem isso não há nenhum problema que não possamos resolver", disse Obama.

Ao pedir ajuda dos eleitores na "luta pelo futuro do país", Obama reiterou seu chamado à aprovação de medidas que incentivem a criação de empregos e permitam que "o sonho americano esteja ali para esta e a geração seguinte". O líder participará nesta tarde de outra assembleia popular em Decorah (Iowa), onde passará a noite para continuar sua primeira viagem de ônibus desde que assumiu a Presidência em 2009.

A visita de Obama em uma região que o apoiou no pleito de 2008 ocorre em um momento de grande ansiedade nos EUA pela volatilidade dos mercados, a fraca recuperação econômica e uma taxa de desemprego de 9,1%, que contribuiu para a queda de sua popularidade. Segundo a enquete diária da empresa Rassmussen, apenas 20% dos eleitores "aprova firmemente" a gestão de Obama, enquanto 42% a "desaprova" com a mesma contundência. Enquanto isso, uma enquete da empresa Gallup divulgada no domingo indicou que o índice de aprovação de Obama caiu a um novo mínimo ao se situar em 39%, em comparação com 54% que desaprova sua gestão.

Apesar de Obama insistir que herdou os problemas que afligem os EUA, os republicanos replicam que suas políticas agravaram a situação, com a perda de 2,4 milhões de empregos desde 2009 e um aumento de US$ 3,9 trilhões na dívida nacional. Em uma conferência telefônica, o presidente do Comitê Nacional Republicano (RNC), Reince Priebus, afirmou: "não nos equivoquemos: esta é a economia de Barack Obama, e a única forma de melhorá-la é assegurar que ele só cumprirá um mandato".

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, descartou nesta segunda-feira as críticas da oposição, ao indicar que uma das tarefas do líder é dialogar "com os trabalhadores, os pequenos empresários e líderes políticos locais para obter ideias para melhorar a economia". Contudo, o presidente do Partido Republicano de Iowa, Matt Strawn, disse que quando Obama chegar a seu estado "se dará conta que não é o mesmo Iowa de 2007 e 2008", que o apoiou na sua campanha. Segundo Strawn, "60% dos eleitores independentes em Iowa desaprova a gestão econômica de Obama, e esta visita tem tudo a ver com a política e nada a ver com o que os Estados Unidos realmente precisam".

EFE   
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