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Mundo

Violência sexual contra mulheres e meninas cresce na Somália

11 ago 2011 - 20h51
(atualizado às 21h02)
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A representante especial da ONU sobre violência sexual em conflitos, Margot Wallström, alertou nesta quinta-feira sobre o aumento dos casos de sequestros e violações de mulheres e meninas da Somália durante sua fuga para os campos de refugiados ao outro lado da fronteira no Quênia.

"Durante a longa e perigosa viagem entre a Somália e os campos no Quênia, mulheres e meninas são atacadas, inclusive violadas, por parte dos bandidos e militantes armados", denunciou Wallström em um novo relatório sobre a situação no país africano.

A representante especial da ONU disse que, uma vez que as mulheres cruzam a fronteira ou chegam a Dadaab - o maior campo de refugiados do mundo -, suas esperanças de encontrar um "lugar seguro" somem já que enfrentam novos "perigos e penúrias", incluindo o "risco de ser violadas".

Wallström acrescentou que seu escritório também recebeu informações "alarmantes" sobre violações por parte de forças do Governo Federal de Transição (TFG) e milícias aliadas no centro e sul do país, e que milicianos da organização islâmica Al Shabaab sequestram meninas para obrigá-las a se casar com seus combatentes.

"Faço uma chamada a todas as partes envolvidas para que cessem de forma imediata estas flagrantes violações dos direitos humanos", afirmou a representante especial da ONU, que defendeu mais atenção e mais ajuda para as vítimas de violência sexual e prometeu seguir de perto a evolução dos eventos na zona.

Wallström elogiou os esforços das autoridades quenianas para responder à chegada de dezenas de milhares de refugiados somalis e pediu à comunidade de doadores a aumentar seu apoio ao Governo de Nairóbi, as agências das Nações Unidas e as ONGs para responder à crise humanitária.

Segundo as organizações humanitárias, já morreram dezenas de milhares de pessoas pela crise de fome que castiga o Chifre da África, tragédia que ameaça especialmente 3,7 milhões de somalis, quase a metade da população do país.

EFE   
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