Polícia prende mais de 100 em continuação de protestos em Londres

A polícia de Londres prendeu mais de 100 pessoas entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira em conexão com os atos de violência que explodiram na capital inglesa pelo final de semana, afirmou a rede CNN. A elas se juntam outras 61 que haviam sido presas entre a noite de sábado e a manhã do domingo.

Nove policiais ficaram feridos em incidentes que a polícia de Londres chamou de "criminalidade imitada" em diversas partes da cidade na noite de domingo, apesar de os danos aparentarem ser de menor escala do que os tumultos de sábado em Tottenham, no norte da capital.

O vice-prefeito de Londres, Kit Malthouse, disse que a violência era culpa de um pequeno número de criminosos motivados pela ganância, e não pela conduta da polícia ou de problemas sociais mais amplos causados pela lenta recuperação econômica da Grã-Bretanha.

"Isso é um grupo relativamente pequeno de pessoas dentro de nossa comunidade em Londres que, francamente, estão procurando coisas para roubar. Eles estão escolhendo tipos de lojas específicos, porque querem um novo par de tênis ou o que for", disse ele à Sky News.

Os bombeiros também tiveram que ser acionados, com um incêndio em uma loja de sapatos. A comandante da Scotland Yard, Christine Jones, disse que é uma situação difícil, com pequenos bolsões de saques, violência e desordem em alguns bairros.

Os atos de protesto, que começaram no bairro de Tottenham, se espalharam para outras regiões de Londres. Policiais sofreram ataques, e lojas foram saqueadas e destruídas em vários pontos do norte de Londres, além de Brixton, no sul, e de Oxford Circus, no centro turístico da capital britânica, de acordo com a BBC.

David Akinsanya, 46 anos, testemunha dos distúrbios em Londres, afirmou ao jornal The Sun que viu crianças de sete ou oito anos correndo pelas ruas com seus rostos cobertos, participando dos protestos.

A situação permanece tensa em Londres após um dos maiores distúrbios dos últimos anos em protesto contra a morte de um jovem de 29 anos, assassinado supostamente por policiais. Adrian Hanstock, também da Scotland Yard, falara no começo do domingo que considera "lamentável" a morte de Mark Duggan, morto a tiros na quinta-feira passada pela polícia, em um incidente ainda não esclarecido, que está sendo investigado por uma comissão independente.

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