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Oriente Médio

Tanques mantêm repressão em Hama; 135 mortos desde domingo

5 ago 2011 - 07h48
(atualizado às 09h41)
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Tanques sírios intensificaram sua ocupação em Hama e se reuniram nos arredores de uma cidade no leste do país, enquanto o presidente Bashar al-Assad ignorava a crescente condenação mundial à repressão contra manifestantes, que segundo os Estados Unidos já matou 2 mil pessoas. Em Hama, moradores disseram que os tanques reiniciaram os bombardeios e a população temia um aumento no número de mortos, estimado em 135 desde o início dos ataques militares contra a cidade no domingo.

Imagem da agência estatal síria mostra ambiente desértico de "paz" nas ruas de Hama após contenção dos protestos
Imagem da agência estatal síria mostra ambiente desértico de "paz" nas ruas de Hama após contenção dos protestos
Foto: Agência Sana / EFE

Hama foi a cidade onde o pai de Assad, o falecido Hafez al-Assad, enviou tanques e matou milhares para reprimir uma revolta em 1982. "Eles estão atingindo o distrito de al-Hader e bairros próximos à rua Aleppo. A eletricidade foi cortada", disse um morador à Reuters em um breve telefonema via satélite.

A Síria expulsou a maior parte da mídia independente desde o início dos cinco meses de revolta contra os 41 anos do governo repressivo da família Assad, em março, tornando difícil confirmar relatos de testemunhas e comunicados oficiais. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que Washington acreditava que as forças de Assad eram responsáveis pela morte de mais de 2 mil sírios nos ataques contra manifestantes pacíficos.

Imagens divulgadas nesta sexta-feira pela agência estatal síria Sana, por sua vez, mostram um ambiente desértico em uma avenida de Hama, informando que os "terroristas" (em referência aos rebeldes) teriam sido contidos e a paz teria sido novamente estabelecida na cidade.

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