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Estados Unidos

Nobel de Medicina Baruj Benacerraf morre aos 90 anos nos EUA

2 ago 2011 - 20h02
(atualizado às 20h17)
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O imunologista e prêmio Nobel de Medicina, o venezuelano naturalizado americano Baruj Benacerraf, morreu nesta terça-feira aos 90 anos em sua residência de Boston devido a uma pneumonia, informou o Instituto do Câncer Dana-Farber.

Benacerraf, nascido em Caracas em 1920 e formado na França e nos Estados Unidos, foi presidente do Dana-Farber entre 1980 e 1992. De família judia, sofreu a segregação religiosa quando foi rejeitado em mais de 25 universidades americanas, entre elas a Escola de Medicina de Harvard da qual depois foi professor e presidente do Departamento de Patologia durante mais de 20 anos (1970-1991).

Suas pesquisas fundamentais sobre o controle genético do sistema imunológico foram reconhecidas com o prêmio Nobel de Medicina em 1980 junto com seus colegas Jean Dausset, da Universidade de Paris, e George D. Snell, do Laboratório Jackson no Maine, EUA.

"Seu trabalho modelou tudo, desde o transplante de órgãos, ao tratamento da aids e, mais recentemente, o desenvolvimento de vacinas terapêuticas para o câncer", acrescentou Benz.

Benacerraf chegou aos EUA em 1939, após passar por diversas escolas em Paris, para onde seu pai tinha se mudado da Venezuela para continuar com seu negócio de comércio têxtil.

Posteriormente, e após a ascensão de Adolf Hitler no poder, a família de Benacerraf se mudou para Nova York. A única universidade que o aceitou foi o Virginia Medical College, na qual obteve sua licenciatura, e posteriormente se incorporou à Columbia University de Nova York, onde em 1942 conseguiu seu diploma em Biologia.

Após ter se tornar cidadão americano e casar-se com Annette Dreyfus, serviu uma temporada no Corpo Médico do Exército dos EUA em diversos hospitais da Alemanha e França, em 1946.

Sua única filha, Beryl Benacerraf, seguiu os passos de seu pai e é atualmente professora de Radiologia na Escola de Medicina de Harvard, enquanto seu irmão, o filósofo Paul Benacerraf, ocupa a cátedra James S. McDonnell de Filosofia na Universidade de Princeton.

EFE   
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