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Oriente Médio

Palestinos afirmam na ONU que chegou "hora da independência"

26 jul 2011 - 14h48
(atualizado às 15h38)
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Os representantes dos territórios palestinos declararam nesta terça-feira perante o Conselho de Segurança da ONU que chegou "a hora da independência" e se mostraram convencidos que o reconhecimento de um Estado palestino como membro do organismo abrirá o caminho da paz.

"Chegou a hora de acabar com a ocupação israelense, chegou a hora da independência da Palestina e que Palestina e Israel vivam um ao lado do outro em paz e segurança. É a hora de um novo Oriente Médio", afirmou o representante palestino, Riyad Mansour.

Mansour, que pediu para a comunidade internacional reconhecer o Estado da Palestina com fronteiras prévias a 1967, disse que essa ideia já conta com 120 respaldos e destacou que se for admitido "como um membro pleno" da ONU, "a solução dos dois Estados será mais viável".

"Essa solução poderia convencer finalmente Israel, o poder ocupante, que o mundo rejeita completamente sua ocupação e a opressão ao povo palestino", considerou o diplomata palestino.

"Temos esperanças que a comunidade internacional, inclusive este Conselho, levará em conta as responsabilidades legais, políticas e morais da questão da Palestina", sustentou o representante palestino, que acusou repetidamente Israel de não permitir a evolução do processo de paz.

De acordo com Mansour, o povo palestino acredita que "a comunidade internacional está preparada" para reconhecer a independência palestina e "empreender as ações adequadas em breve para fazer dela uma realidade".

"O povo palestino deve viver como um povo independente e livre, a quem lhe permita prosperar e contribuir como membro titular da comunidade de nações. Esse é o objetivo com o qual os líderes palestinos estão comprometidos e que querem obter com o valioso apoio de todos os Estados e povos do mundo", afirmou.

Mansour realizou estas declarações no debate aberto que o Conselho de Segurança realizou nesta terça-feira sobre a questão do Oriente Médio, o último organizado antes do setembro, data marcada pelos palestinos para que a comunidade internacional reconheça seu Estado.

O procedimento para que Nações Unidas reconheça um novo Estado membro exige que as autoridades palestinas apresentem uma solicitação formal com sua proposta ao secretário-geral, Ban Ki-moon, que depois é transferida ao Conselho de Segurança.

No órgão, a solicitação tem que obter nove dos 15 votos e evitar ser vetado por algum dos países com esse direito (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia), e passado esse trâmite, ser submetida a debate na Assembleia Geral, onde precisa do apoio de dois terços dos Estados-membros.

Reconhecimento próximo

O secretário-geral do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abed Rabbo, afirmou nesta terça-feira que a solicitação para o reconhecimento da Palestina como Estado e membro pleno da ONU será realizada em breve.

Em entrevista coletiva concedida em Ramala, Rabbo disse que os palestinos estão concluindo o debate, as consultas e os preparativos para levar sua reivindicação à ONU.

Segundo o dirigente da OLP, a decisão sobre a solicitação foi tomada após consultas com os "irmãos árabes", e "amigos estrangeiros", principalmente europeus, africanos e asiáticos.

"Não há leis na ONU que fixem uma data para solicitar à Assembleia Geral o reconhecimento como membro pleno", destacou Rabbo, que considerou que "o melhor momento para a reivindicação será em setembro", mês quando é realizada a Assembleia Geral da organização.

Rabbo concedeu as declarações depois da reunião do comitê executivo da OLP, realizada nesta terça-feira em Ramala, com a presença do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah, o principal da organização.

EFE   
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