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Europa

Jornalista que denunciou escutas ilegais é encontrado morto

18 jul 2011 - 14h23
(atualizado às 16h06)
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Sean Hoare, o primeiro repórter do News of the World a afirmar que Andy Coulson, ex-chefe de comunicação do gabinete do primeiro-ministro britânico, David Cameron, estava ciente de que sua equipe estava fazendo escutas ilegais, foi encontrado morto nesta segunda-feira. A informação é do jornal The Guardian.

Londres: editora pivô de escândalo de grampos deixa cargo:

Hoare, que trabalhou com Coulson quando este era editor do News of the World e também no The Sun, foi achado morto em sua casa, em Watford. Ele havia sido demitido por problemas com álcool e drogas. A polícia ainda não divulgou a possível causa da morte, mas, a princípio, não suspeita de crime.

O repórter ganhou notoriedade depois de declarar que Coulson não só sabia dos grampos telefônicos feitos por jornalistas, como incentivava a prática em busca de notícias exclusivas.

Coulson, que sempre negou as acusações, foi preso na semana passada pela polícia - e libertado várias horas depois -, sob a suspeita de que tinha subornado policiais e interceptado ligações durante sua época à frente do News of the World.

Mais recentemente, na semana passada, Hoare denunciou que os jornalistas do tabloide tinham acesso a tecnologia policial para poder localizar pessoas mediante sinais de celular em troca de subornos aos agentes.

No entanto, quando em setembro de 2010 foi convocado a comparecer a uma delegacia em Londres, Sean Hoare não quis relacionar Andy Coulson com as escutas.

Fechamento do jornal

O tabloide dominical britânico News of the World, o mais vendido do país, foi fechado no dia 10 de julho por seu controlador, o grupo News International, devido ao envolvimento do jornal no escândalo de escutas telefônicas ilegais.

Publicado pela primeira vez há 168 anos, o jornal, cuja tiragem chegava a 2,8 milhões de exemplares a cada domingo, foi acusado de interceptar ligações pela primeira vez em 2006. Mas só em abril deste ano, o tabloide admitiu publicamente pela primeira vez ter interceptado mensagens deixadas na caixa postal de celulares de pessoas envolvidas em casos acompanhados pelo jornal.

O caso ganhou contornos de escândalo no início de julho, com a denúncia de que um detetive que trabalhava para o jornal teria grampeado o telefone celular - inclusive apagando mensagens - de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002.

Fonte: Terra
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