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Mundo

Vida de Mandela se torna atrativo turístico da África do Sul

18 jul 2011 - 10h01
(atualizado às 10h21)
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Dezenas de agências de viagens sul-africanas oferecem pacotes turísticos em torno da vida do ex-presidente Nelson Mandela, que completa 93 anos nesta segunda-feira e será homenageado por toda África do Sul no chamado "Dia de Mandela".

O herói sul-africano, cujo delicado estado de saúde se complicou em fevereiro devido a um problema respiratório, não é só um símbolo da luta pela igualdade de raças, nem um dos personagens mais relevantes do século 20: é também o principal argumento da África do Sul como destino turístico.

Se Paris tem a Torre Eiffel, Nova York o Empire Estate e Roma o Coliseu, África do Sul tem Nelson Mandela, o homem que lutou contra o regime de segregação racial do apartheid, o artífice da reconciliação entre brancos e negros, o primeiro presidente negro e o Prêmio Nobel da Paz.

As atrações relacionadas com Mandela figuram entre as 10 buscas mais populares na página do Departamento Nacional de Turismo da África do Sul (www.southafrica.net), e sete delas foram declaradas Patrimônio Nacional.

"A figura de Mandela tem um grande impacto no turismo; é o primeiro nome que os estrangeiros associam com a África do Sul", reconhece Sugen Pilley, diretor de eventos globais do Departamento de Turismo.

Uma simples busca na internet basta para ver as dezenas de agências de viagens que oferecem destinos turísticos sob o nome de "Mandela Tour".

A empresa Firefly Tours incorporou há apenas um mês um destes pacotes turísticos a seus catálogos.

Através do "Mandela Tour" o visitante tem a oportunidade de percorrer todo o país, ao seguir os mesmos passos que o famoso ativista pelos direitos dos negros teve que dar perseguido pelo apartheid, o regime de segregação racial imposto pela minoria branca sul-africana até 1994.

"Não é possível entender a África do Sul sem conhecer a história de Mandela, porque sua história é a mesma da África do Sul", explica Bruce Clements, diretor de operações de Firefly Tours.

Durante 12 dias, o turista cruza quatro províncias sul-africanas, com visitas a lugares históricos como a casa de Mandela em Soweto, a ilha de Robben Island, onde esteve preso por 18 anos, e sua terra natal na tribo Xhosa, mas também reservas naturais e a rota do vinho da Cidade do Cabo.

"O ''Mandela Tour'' é uma forma de conhecer o personagem e a história da África do Sul, mas é, sobretudo, um fio condutor para visitar as principais atrações e lugares de interesse", acrescenta Clements.

O legado do primeiro presidente negro da África do Sul é um dos impulsionadores do desenvolvimento econômico nas zonas mais desfavorecidas do país.

Há apenas duas semanas, o Governo sul-africano licitou a ampliação do aeroporto de Mthatha, na região do Cabo Oriental, província na qual Nelson Mandela deverá ser enterrado, e que pode se transformar em um centro de peregrinação após seu falecimento.

As autoridades sul-africanas exigem que o projeto esteja concluído em 10 meses, e buscam companhias aéreas que comecem a operar entre Johanesburgo e Cabo Oriental.

No Cabo Oriental se encontra a cidade onde Mandela viveu sua juventude, Qunu, onde passará seu 93º aniversário, e sua povoação natal Mvezo.

"A figura de Nelson Mandela é o que atrai a atenção a esta região, e é seu principal atrativo turístico", conclui Khwezi Mpumlwana, diretor do Museu de Nelson Mandela, em Mthatha, e do Centro de Legado da Juventude de Mandela, em Qunu.

EFE   
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