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Mundo

Após afirmar que Mubarak morria, advogado diz que ele melhorou

18 jul 2011 - 08h18
(atualizado às 08h44)
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A saúde do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, 83 anos, "melhorou", disse nesta segunda-feira à agência EFE seu advogado, Farid el Deeb, quem no domingo afirmou que o ex-mandatário estava morrendo.

Hosni Mubarak assumiu a presidência do Egito em 1981 e governou o país por 30 anos
Hosni Mubarak assumiu a presidência do Egito em 1981 e governou o país por 30 anos
Foto: Reuters

Deeb está em Sharm el-Sheikh, para onde viajou na tarde de domingo ao ser informado que Mubarak estava em coma no hospital da localidade próxima ao litoral do Mar Vermelho, embora mais tarde essa informação tivesse sido negada por fontes da instituição.

"No domingo à noite, eu falei com ele após acordar e estava bem, graças a Deus", afirmou Deeb, sem esclarecer a origem da confusão sobre a saúde do ex-governante.

Sobre estado de saúde de Mubarak, o advogado fez referência a um relatório, elaborado por seis médicos e publicado na quinta-feira pelo jornal opositor Al Wafd, que destacava que o ex-chefe de Estado estava muito grave e podia sofrer ataques cardíacos e cerebrais, além do câncer que sofre.

Deeb ressaltou que foi ele mesmo que entregou esse relatório à imprensa para publicação com o objetivo de responder aos cidadãos que acham que o ex-presidente está bem e deve ser transferido à prisão de Tora no Cairo.

Foi o próprio Deeb quem revelou em junho que tinham detectado em Mubarak no ano de 2010 um câncer de vesícula no hospital alemão de Heidelberg, onde teve o órgão extirpado, o duodeno e parte do pâncreas.

"Não conseguimos trazer o médico que o operou há um ano e meio, mas estamos tratando do doente", acrescentou.

O ex-governante está internado no hospital de Sharm el-Sheikh desde 12 de abril, quando sofreu um ataque cardíaco durante um interrogatório judicial.

Mubarak, que renunciou à Presidência em 11 de fevereiro, está detido cautelarmente desde 13 de abril e está previsto que o julgamento contra ele comece dentro de duas semanas, até 3 de agosto.

Mubarak e seus dois filhos, Alaa e Gamal, são acusados de abuso de poder e enriquecimento ilícito, assim como de estarem envolvidos nos ataques contra os manifestantes durante a revolta popular.

Na prisão de Tora, localizada nos arredores do Cairo, estão detidos vários ex-ministros, dirigentes do antigo regime e os dois filhos de Mubarak.

EFE   
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