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Oriente Médio

Multidão ataca embaixadas dos EUA e da França em Damasco

11 jul 2011 - 11h01
(atualizado às 13h33)
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Partidários do presidente sírio, Bashar al Assad, invadiram nesta segunda-feira o complexo da embaixada dos Estados Unidos em Damasco e atacaram a sede diplomática francesa, segundo a emissora Al Arabiya.

Embaixada americana em Damasco foi invadida e atacada por manifestantes pró-governo sírio
Embaixada americana em Damasco foi invadida e atacada por manifestantes pró-governo sírio
Foto: AP

Os seguidores de Al Assad se manifestaram nesta manhã em frente a estes edifícios em protesto pela visita realizada na sexta-feira pelo embaixador americano Robert Ford e o francês Eric Chevallier à cidade de Hama, palco de grandes protestos contra o regime sírio.

O correspondente da Al Arabiya em Damasco explicou que durante os incidentes, que já terminaram, os manifestantes lançaram pedras contra as janelas de ambos os edifícios, mas não houve vítimas.

Além disso, o grupo, que se reunia em frente à Embaixada dos EUA, conseguiu entrar no complexo onde se encontra a sede diplomática.

Um diplomata americano em Damasco, citado pelo canal, criticou a reação das autoridades sírias diante destes incidentes e afirmou que não cumpriram com seu dever de proteger a embaixada.

Por sua vez, a emissora "Al Jazeera" informou que centenas de manifestantes se concentraram em frente à embaixada americana e tentaram entrar no complexo.

Os seguranças da legação dispararam gás lacrimogêneo, enquanto os soldados americanos tentavam convencer os manifestantes que não podiam entrar no recinto, visto que é território soberano dos EUA.

Segundo a "Al Arabiya", está previsto que a Embaixada dos EUA emitirá nas próximas horas ou nesta terça-feira um comunicado para dar sua versão dos fatos.

Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores sírio chamou para consultas os embaixadores americano e francês em Damasco para protestar por suas visitas a Hama sem autorização prévia.

O ministério qualificou as visitas de "uma ingerência clara nos assuntos internos sírios e uma confirmação da existência de um apoio estrangeiro que quer desestabilizar a segurança e a estabilidade do país no momento em que inicia o diálogo nacional destinado a construir o futuro da Síria".

Desde março, a Síria é palco de revoltas populares que já tiraram a vida de 1.410 civis e 348 militares e policiais, segundo dados do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

EFE   
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