ONU: execução de mexicano nos EUA violou a lei internacional
8 jul2011 - 13h27
(atualizado às 15h47)
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Os Estados unidos violaram as leis internacionais ao realizarem, na quinta-feira, a execução, no Texas, do mexicano Humberto Leal, anunciou nesta sexta-feira, em comunicado, a Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay.
A execução de Leal "deixa os Estados Unidos numa situação de violação do direito internacional", afirmou Pillay.
Leal, 38 anos, era um dos 51 mexicanos condenados à morte nos Estados Unidos e a quem, segundo o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), foi negado o direito à assistência consular, em descumprimento da Convenção de Viena.
Por isso, a Casa Branca e o governo mexicano pediram que fosse suspensa a execução, mas as autoridades texanas desestimaram os pedidos e a realizaram às 20h21 de quinta-feira, na prisão de Huntsville.
Leal havia sido considerado culpado de violação e assassinato, em 1994, de uma adolescente de 16 anos, o que sempre negou.
Humberto Leal García foi condenado à morte por estuprar e assassinar, em 1994, uma jovem de 16 anos. Nesta quinta-feira, ele foi executado em Huntsville após a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar um recurso pedindo a suspensão da sentença
Foto: EFE
Jaime Sánchez, tio do mexicano Humberto Leal, deixa a prisão de Huntsville após a execução do sobrinho
Foto: EFE
Sandra Babcock,advogada do mexicano condenado à pena de morte nos EUA, deixa a prisão de Huntsville
Foto: EFE
O cônsul do México em Houston, Luis Malpica, chega à prisão antes da execução de Humberto Leal
Foto: EFE
Leal foi condenado pelo estupro e morte de Adria Sauceda, com 16 anos na época do crime
Foto: EFE
Foto cedida pelo departamento de Justiça do Texas, onde Leal foi condenado e executado, apesar dos apelos de México e EUA