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Congo: avião cai e mata 127, diz Ministério dos Transportes

8 jul 2011 - 11h49
(atualizado às 17h42)
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Um avião de passageiros caiu na sexta-feira em uma densa floresta da República Democrática do Congo quando tentava fazer um pouso em meio a uma forte tempestade, matando 127 ocupantes e deixando 51 sobreviventes, segundo o Ministério dos Transportes local. O acidente ocorreu pouco depois da aterrissagem do avião da companhia Hewa Bora, no aeroporto de Kisangani, nordeste do país.

O avião que caiu no Congo é um Boeing 727, como o desta foto, divulgada pela companhia Hewa Bora
O avião que caiu no Congo é um Boeing 727, como o desta foto, divulgada pela companhia Hewa Bora
Foto: AFP

Já a companhia aérea Hewa Bora afirmou à Reuters que o número de mortos era 53, e à AFP, 46. No entanto, um porta-voz do ministério acusou a empresa de subestimar o número de passageiros.

"O piloto tentou pousar, mas aparentemente não tocou a pista", disse Stavros Papaioannou, executivo-chefe da companhia aérea Hewa Bora, por telefone à Reuters. "Um avião de passageiros da linha Kinshasa-Kisangani-Goma teve que enfrentar a 250 metros do aeroporto uma tempestade que segue assolando Kisangani", capital da província, disse à AFP Lambert Mende, porta-voz do governo. Quando "eles chegaram a Kisangani, o tempo estava ruim. Eles tentaram aterrissar sem conseguir chegar à pista", indicou o diretor da Hewa Bora, afirmando que o socorro às vítimas foi prejudicado pela forte chuva.

Uma coluna de fumaça negra podia ser vista no final da pista, constatou um jornalista da AFP. Segundo o jornalista, o tráfego aéreo, que tinha sido suspenso, foi retomado pouco depois do acidente.

Jean-Paul Bongisa, repórter da TV estatal congolesa presente no local da queda, disse à Reuters que o resgate é complicado pela dificuldade de acesso aos destroços, que estão a cerca de 200 metros da pista, em meio a uma mata fechada. Devido à escassez de estradas e ferrovias, os transportes aéreos e fluviais são frequentemente a única opção de deslocamento em longa distância no Congo (ex-Zaire), um país praticamente do tamanho da Europa Ocidental.

O Congo, um dos maiores países da África, tem um dos piores índices mundiais em termos de segurança aérea. A exemplo das demais companhias aéreas registradas no Congo, a Hewa Bora está proibida de voar na União Europeia por questões de segurança. É o segundo acidente fatal envolvendo a empresa em três anos - em 2008, um DC-9 da companhia caiu na periferia da cidade de Goma, matando 44 pessoas.

Em abril, 32 pessoas morreram na queda de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU) que tentava pousar no aeroporto que serve Kinshasa, a capital. O avião era operado pela empresa georgiana Airzena.

Em seu site, a Hewa Bora diz possuir dois aviões Boeing 727, ambos configurados como aviões de passageiros com 137 lugares na classe econômica e 12 na executiva. Eles só fazem voos internos no Congo. O 727, que já foi o avião de passageiros mais vendido do mundo, foi fabricado entre 1963 e 1984, e serve para voos curtos e médios.

Com informações das agências Reuters e AFP.

Fonte: Terra
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