Texas executa mexicano apesar de apelos de EUA e México
O mexicano Humbero leal, acusado de estupro e assassinato de uma adolescente de 16 anos, foi executado no Texas, apesar dos apelos da Casa Branca e do governo mexicano pela suspensão da sentença, informaram fontes oficiais.
Leal, 38 anos, foi executado em Huntsville, disseram funcionários do governo texano. A execução ocorreu após a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar um recurso pedindo a suspensão da sentença, apesar do parecer da Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinando que os direitos consulares de Leal foram violados.
O governador republicano do Texas, Rick Perry, também não utilizou sua prerrogativa de suspender a execução. Os governos dos Estados Unidos e do México tinham solicitado o adiamento da execução.
O México manifestou sua enérgica condenação pela execução de Humberto Leal, qualificada de "claro desacato" a uma ordem da Corte Internacional de Justiça.
O governo do México rejeita "nos termos mais enérgicos a execução do cidadão mexicano Humberto Leal García, ocorrida hoje em Huntsville, Texas, em claro desacato à decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ)".
A chancelaria mexicana lembra que "as autoridades do Texas jamais informaram" a Humberto Leal "seu direito de entrar em contato com os representantes consulares" do México.
O governo mexicano "deplora a decisão do Executivo do estado do Texas de não exercer sua faculdade legal de suspender a execução do senhor Leal García para dar tempo ao cumprimento da determinação da CIJ".
Humberto Leal fazia parte de uma lista de 51 mexicanos sentenciados à morte nos Estados Unidos, cujos processos violam a legislação internacional segundo decisão de 2004 da CIJ.