PUBLICIDADE

Mundo

De volta à Venezuela, Chávez discursa para multidão

4 jul 2011 - 19h18
(atualizado às 20h30)
Compartilhar

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, compareceu nesta segunda-feira ao balcão do Palácio de Miraflores para saudar milhares de simpatizantes que esperavam por sua aparição. Chávez, que retornou nesta segunda-feira de Cuba, onde foi operado e submetido a tratamento após ser diagnosticado com câncer, compareceu ao balcão acompanhado de suas filhas, vestido de militar, com boina vermelha e segurando a bandeira da Venezuela em meio aos gritos de seus simpatizantes. Ele falou por 30 minutos, tempo previsto pelos médicos.

De volta de Cuba e da cirugia, Hugo Chávez discursa ao lado das filhas à multidão em Caracas
De volta de Cuba e da cirugia, Hugo Chávez discursa ao lado das filhas à multidão em Caracas
Foto: AP

No primeiro pronunciamento após seu retorno, o presidente falou, em rede de rádio e televisão, sobre sua doença. "Deixei minha saúde primeiro nas mãos de Deus, e depois nas mãos da ciência médica, venezuela, cubana e mundial, e nas mãos de vocês e nas minhas mãos." O presidente venezuelano revelou que foi operado no dia 20 de junho e que esteve em tratamento intensivo até o dia 24 por causa da operação, na qual extraiu um tumor. "Essa segunda operação ocorreu no dia 20 de junho, nunca me esquecerei, e no dia 24 de junho, dia de nosso Exército, eu ainda estava em tratamento intensivo, me recuperando".

Chávez afirmou que ainda não venceu a batalha contra o câncer, mas assegurou que vencerá a doença junto com o povo venezuelano. "Que ninguém ache que minha presença aqui neste 4 de julho significa que vencemos a batalha. Não. Apenas começamos a vencer o mal que se instaurou em meu corpo", disse do balcão presidencial diante de milhares de simpatizantes. "Se Cristo está com a gente, quem está contra nós? Se o povo está com a gente, quem está contra nós? Se a pátria está com a gente, quem está contra nós?", perguntou aos seus partidários.

O presidente venezuelano agradeceu a Deus, às orações do povo venezuelano, e disse que os dias que passaram não foram nada fáceis. No discurso, ele saudou o público dizendo "viva a Venezuela, viva a revolução bolivariana, viva o povo venezuelano. Viva a união da América Latina, viva Fidel, viva Cuba, viva a vida!". "E viva Chávez!", completou. Ele também felicitou o vice-presidente e todo sua equipe de governo durante sua ausência. "Esse governo será cada dia melhor e responderá melhor às necessidades do povo venezuelano", disse Chávez.

O líder também falou sobre os planos que fez para estar nesta segunda-feira na Venezuela. "Quando percebi que meu corpo e minha alma estava reagindo positivamente, e Fidel me visitou para dar o resultado da segunda operação, começamos a pensar e fazer um grande esforço para recuperar a força mínima necessária, primeiro para poder viajar de avião as três horas entre Cuba e Venezuela, e para acompanhar com essa página pátria a festa da Independência, a festa da pátria", relatou.

Neste pronunciamento, manifestou que superou a primeira etapa do tratamento e entra agora em uma segunda fase de tratamento complementar. Chávez disse que está se alimentando de forma mais saudável e que "o amor é o melhor remédio para qualquer doença". "Obrigado por fazerem chegar até mim esse banho de amor tão especial, não só desde a Venezuela, mas de muitos outros lugares do mundo", concluiu.

Entre as centenas de pessoas que se reuniram para receber Chávez havia uma mistura de euforia e alívio por ver o presidente de volta. "Uh, ah, Chávez não se vá", repetia a multidão. Bandeiras de Cuba, fotografias de Chávez e cartazes que davam as boas-vindas e se declarava apoio ao líder da revolução bolivariana multiplicavam-se. "Adiante comandante", "Te amamos, te queremos, até a vitória sempre", diziam os cartazes. "Ele voltou com entusiasmo para dizer a seu povo que há Chávez para muito tempo. Até 2024", disse Roiman Navas, 38 anos."Agora que o vejo tenho força, porque ele é o espírito para que tenhamos força", completou Carmen García, totalmente vestida de vermelho.

Com informações das agências internacionais.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade