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Mundo

Vulcão Puyehue causa morte de 500 mil ovelhas na Argentina

22 jun 2011 - 14h45
(atualizado às 16h29)
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Cerca de 500 mil ovelhas morreram na província de Chubut, no sul da Argentina, por causa do acúmulo de grossas camadas de cinzas procedentes do complexo vulcânico chileno Puyehue Cordón-Caulle, confirmaram nesta quarta-feira fontes oficiais. Dentre os 600 mil ovinos que sobreviveram 50 mil correm "risco de morrer", informaram às rádios locais o chefe do gabinete do Governo de Chubut, Pablo Korn, após lamentar o fato de a província não ter recebido ainda a ajuda prometida pelas autoridades centrais.

Animais andam em pasto próximo ao vulcão Puyehue, que solta coluna de fumaça no sul do Chile
Animais andam em pasto próximo ao vulcão Puyehue, que solta coluna de fumaça no sul do Chile
Foto: AP

Korn informou que o Governo federal enviou apenas 50 mil máscaras de proteção à população das áreas urbanas e rurais, cuja acumulação mata de fome e sede às ovelhas. "Os pequenos produtores somente receberam forragem para seus animais", afirmou o presidente da Federação de Sociedades Rurais de Chubut, Ernesto Siguero.

A disseminação de cinzas do complexo vulcânico chileno, que entrou em atividade no início de mês, obrigou a declarar "zona de desastre" a localidades de Chubut e das vizinhas províncias de Río Negro (província) e Neuquén, na Patagônia argentina. Em Río Negro, o fenômeno vulcânico ameaça um rebanho de 600 mil cabeças, a maior parte ovinos, propriedade de 3 mil produtores, explicou Haroldo Lebed, secretário de Emergência e Desastre Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária.

"Há 300 mil cabeças de gado que estão em um grau importante de risco. Os animais comem pasto com cinzas, quebram os dentes e se intoxicam", comentou uma das emissoras de rádio de Buenos Aires depois de percorrer todas as localidades afetadas. A situação mais grave é da localidade de Engenheiro Jacobacci, em Río Negro, "que ficou coberta por areia vulcânica, que é mais grossa e pesada que as cinzas", informou a imprensa local.

Na segunda-feira passada, milhares de habitantes de Bariloche, o maior centro de turismo invernal da Argentina, saíram às ruas para retirar grossas camadas de cinzas provenientes do complexo vulcânico chileno, situado a 80 quilômetros ao oeste, na Cordilheira dos Andes, marco de fronteira entre Argentina e Chile.

Fontes do Serviço Meteorológico da Argentina informaram nesta quarta-feira que o Puyehue-Cordón Caulle começou a expulsar lava enquanto as nuvens de cinzas voltaram a ser impulsionadas pelo vento em direção a este país. Os voos comerciais entre Buenos Aires e cidades do sul do país, suspensos no início de mês, começaram a ser retomados nesta quarta-feira e devem ser restabelecidas nesta quinta-feira, enquanto mantém alerta pelas atividades do vulcão chileno.

EFE   
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