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América Latina

Venezuela aguarda notícias sobre recuperação de Chávez

21 jun 2011 - 16h09
(atualizado às 17h17)
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, completa nesta terça-feira 11 dias desde que foi operado em urgência de um abscesso pélvico em Havana, sem dar notícias sobre a data de seu retorno e sem detalhes por parte do Governo sobre seu estado de saúde. A recuperação de Chávez e, sobretudo, o silêncio ao redor dela gerou incerteza e, inclusive, contradições nas mensagens de membros do governante Partido Socialista (PSUV) sobre o momento de seu retorno, algo sobre o qual não há notícias certas nem incertas.

"O presidente está se recuperando bem", indicou nesta terça-feira o ministro de Comunicação, Andrés Izarra, sem dar datas sobre seu possível retorno. A presidência venezuelana expressou as condolências de Chávez pela morte do general, Clodosbaldo Russián, que se encontrava internado em Havana há mais de um mês após sofrer um acidente vascular cerebral, mas a mensagem está redigida em terceira pessoa.

"O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Comandante Hugo Chávez Frias, em nome do Governo e Povo venezuelano expressa seu profundo pesar pelo falecimento do compatriota Clodosbaldo Russián", indica o texto oficial. O retorno do presidente gerou nesta semana sinais contraditórios dentro do governo. O deputado do PSUV Saúl Ortega assegurou na segunda-feira em declarações a vários jornais locais que Chávez chegaria nas "próximas horas", mas o próprio Izarra desmentiu o legislador.

A conta de Chávez no Twitter, @chavezcandanga, na qual o presidente habitualmente informa de decretos e decisões do Governo é acompanhada diariamente por seus fãs e jornalistas na busca de novidades, mas há 15 dias que se deparam com o mesmo tweet sobre uma verba de fundos para alimentação escolar. Assim, começaram a circular rumores sobre a doença de Chávez, principalmente pela longa convalescença.

"A forma como ocorrem os fatos, a breve informação oficial sobre, o silêncio, o hermetismo dos meios oficiais sobre a matéria que também incentivam os rumores", indicou à Agência Efe o analista John Magdaleno, professor do Instituto de Estudos Superiores de Administração de Caracas. Magdaleno recomenda conduzir com "muita prudência" toda a informação sobre o assunto precisamente pela falta de fontes oficiais que confirmem a situação real, embora na sua opinião, a coincidência da assinatura de convênios com Cuba e a operação abre uma porta a pensar que não é casual o que está ocorrendo.

Para Luis Vicente León, diretor da pesquisadora Datanálisis, a informação deveria ser manuseada de maneira muito aberta, transparente e com contínuos relatórios de seu estado de saúde. A restrição dessa informação "pode ser lida como um erro ou como uma estratégia", ressaltou.

Leão declarou que para um líder que é candidato às eleições presidenciais de 2012 é importante preservar sua "imagem de invulnerabilidade", porque não é bom que o povo perceba que tem um problema de saúde. No entanto, ressaltou, "a reincorporação pode ser também crucial para um relançamento, um relançamento de campanha (...) uma grande notícia de seu retorno".

EFE   
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