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Estados Unidos

EUA: morte de Bin Laden pode auxiliar reconciliação com talibãs

9 jun 2011 - 11h13
(atualizado às 11h43)
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O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou nesta quinta-feira que a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, pode ajudar no processo de reconciliação com os talibãs no Afeganistão.

"Em termos da situação no terreno no Afeganistão, nossos comandantes me disseram que não viram nenhuma mudança, embora isso não signifique que não haverá", declarou o chefe do Pentágono em entrevista coletiva, após participar de um encontro dos titulares de Defesa da Otan em Bruxelas.

Segundo Gates, o impacto mais importante da morte de Bin Laden é que ele tinha uma estreita relação com o líder talibã no Afeganistão, o mulá Omar.

Para ele, "a pergunta é se a ruptura desses fortes laços entre Al-Qaeda e o talibã cria potencialmente uma oportunidade para uma maior possibilidade de reconciliação".

"Acho que, em termos de perspectivas políticas, o potencial que a morte de Osama bin Laden provoque uma mudança existe", disse Gates, que recentemente viajou ao Afeganistão.

Ele acrescentou que, "pela situação no terreno, é muito cedo para afirmar isso".

"Acho que pode haver um impacto, mas este só será visto em alguns meses", ressaltou.

O processo de reconciliação foi iniciado em janeiro do ano passado pelo presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, que organizou um conclave de cerca de 1,6 mil líderes locais, criou o Conselho de Paz e pediu o compromisso internacional de um fundo de US$ 784 milhões para "reintegrar" cerca de 36 mil insurgentes.

No entanto, até o momento a iniciativa não gerou resultados tangíveis.

Quanto à retirada das tropas dos EUA e da Otan do Afeganistão, Gates disse a seus colegas que foram registrados "progressos substanciais".

No entanto, advertiu que "esses avanços podem ser ameaçados se durante a transferência da liderança em matéria de segurança aos afegãos" os EUA não procederem "de maneira deliberada, organizada e coordenada".

Ele acrescentou que as forças afegãs ainda necessitam do apoio de seus parceiros internacionais, mas ressaltou que elas fizeram "grandes progressos" tanto na qualidade quanto no número de soldados.

EFE   
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